sexta-feira, 12 de julho de 2013

100 mil trabalhadores do Estado aderiram ao movimento nacional

12/07/2013

100 mil trabalhadores do Estado aderiram ao movimento nacional

Números da Força Sindical apontam ainda que perto de 30 mil metalúrgicos pararam em Curitiba e RMC; em Londrina manifestantes se reuniram no Calçadão
Fotos: Theo Marques
Cerca de 600 manifestantes se concentraram na Praça Rui Barbosa, no Centro de Curitiba, para um ato público que durou três horas
Curitiba - O ''Dia Nacional de Lutas com Greves e Mobilizações'', organizado pelas centrais sindicais em todo o País, teve adesões pulverizadas em vários locais de Curitiba e Região Metropolitana entre indústrias, rodovias e área central. Trabalhadores chegaram a bloquear rodovias em protesto. Grande parte dos comerciantes da área central da capital fechou as portas com medo que ocorressem depredações provocadas pelos manifestantes. A partir das 16 horas, várias categorias de trabalhadores se concentraram na Praça Rui Barbosa, no Centro de Curitiba, para um ato público que durou três horas e contou com a presença de várias centrais sindicais e cerca de 600 manifestantes, segundo informações da Polícia Militar. De acordo com informações da Força Sindical, 30 mil metalúrgicos aderiram ao movimento em Curitiba e Região e cerca de 100 mil a 120 mil trabalhadores no Paraná todo. 

Os ônibus pararam na região central entre 15h e 19h. O Hospital de Clínicas só atendeu pacientes em urgência e emergência e cancelou cirurgias, exames e consultas eletivas (leia mais no Geral). 

Na pauta de reivindicações dos trabalhadores estão temas como o arquivamento do projeto de lei que regulamenta a terceirização, redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, fim do fator previdenciário, reajuste adequado para aposentados e redução nas tarifas do pedágio. 

Durante a manhã de ontem, protestos de trabalhadores fecharam o trânsito na Cidade Industrial de Curitiba, perto da fábrica da Volvo; na BR-277, próximo ao posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF); na BR-376, na região da Volkswagen; na BR-277, na região da fábrica da Renault, em São José dos Pinhais; e na Rodovia do Xisto, entre Curitiba e Araucária. As indústrias Volvo, Renault, Volkswagen, JTekt, CNH, Bosch, Brafer, WHB, Arotubi, Aethra, Parque Industrial da Volkswagen (PIC), Arotubi e Perfecta paralisaram as atividades. 

Os bancários fizeram mobilizações nos centros administrativos do Banco do Brasil de São José dos Pinhais e no HSBC da Vila Hauer. As agências bancárias funcionaram normalmente. Os trabalhadores dos Correios realizaram paralisação de 24 horas. A assessoria de imprensa dos Correios informou que registrou a ausência de 4% do seu efetivo de 120 mil trabalhadores. 

A presidente da CUT-PR, Regina Cruz, considerou positivo o balanço da mobilização. ''Hoje (ontem), mostramos a nossa unidade da classe trabalhadora. O pedido de redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais está há 18 anos na Câmara dos Deputados. O projeto de lei 4330 das terceirizações prejudica toda a classe trabalhadora'', disse. 

O presidente do Sindicato dos Aposentados, Paulo José Zanetti, disse que hoje o reajuste dos aposentados e pensionistas que ganham acima do salário mínimo é só a inflação, o que precisa ser modificado. Segundo ele, a redução da jornada de trabalho criaria mais de 2,5 milhões postos de trabalho no País. 

O presidente da Força Sindical do Paraná, Nelson Silva de Souza, considerou a adesão dos trabalhadores positiva. Para ele, os pontos mais importantes das reivindicações são a redução da jornada de trabalho, a derrubada do projeto que trata das terceirizações, a redução das tarifas de pedágio no Estado e a criação de um sistema permanente de reajuste do salário mínimo regional que inclua a inflação do período mais um percentual de aumento real com base no crescimento do PIB do Estado. 

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