sexta-feira, 19 de julho de 2013

 19 de Julho de 2013,

Caminhoneira acusada por homicídio de 




crianças é liberada

Alvará de soltura foi expedido no final da tarde pela 1ª Vara Criminal sem pagamento de fiança



A Justiça concedeu liberdade provisória à caminhoneira Adriana de Fátima Marcolino, 30 anos, acusada de homicídio culposo por atropelar e matar duas crianças em acidente trágico ocorrido na última terça-feira, em Apucarana. O alvará de soltura foi expedido ontem pelo juiz Oswaldo Soares Neto, da 1ª Vara Criminal sem pagamento de fiança. 


Adriana foi liberada do minipresídio por volta das 19 horas de quinta-feira (18), rumo à Maringá, de onde seguiria para Várzea Grande (MT). A motorista passa a responder processo em liberdade provisória ficando à disposição da Justiça. 
 
Ainda na delegacia, a caminhoneira contou que seu veículo apresentou diversos problemas mecânicos durante o trajeto. Ela, inclusive, estava seguindo rumo à Maringá à procura de assistência na oficina da empresa ao qual trabalha. Entretanto, segundo ela, durante o trajeto, o aparelho GPS teria indicado o caminho pela área central da cidade no dia do acidente. A motorista diz que seguiu a rota porque não conhecia a região e que nunca havia passado por Apucarana antes. “Foi uma fatalidade. Se eu pudesse escolher entre a minha vida e a daquelas crianças escolheria a minha. Só Deus vai saber me perdoar”, disse Adriana, revelando que pretende encontrar a família das crianças.
“Vou ajoelhar e pedir perdão pelo que aconteceu. Não foi minha intenção. Eu fiz tudo que pude para evitar. Também sou mãe de dois filhos de 7 e 14 anos e eu morreria se acontecesse o mesmo comigo ”, disse a caminhoneira, se mostrando bastante abalada.

Conforme a advogada Shirleny Massei, de Apucarana, Adriana permaneceu presa por conta de dois agravantes: o local onde o acidente aconteceu e a morte de duas pessoas. “Em tese, as vítimas estavam na calçada, porém, podem ter sido atingidas na rua e levadas até o local”, observou.

O Judiciário relevou a prestação de fiança, segundo ela, devido a espécie do crime. “Entramos com dois pedidos alternadamente. Um solicitando a liberdade provisória sem pagamento de fiança e outro com estabelecimento de valor para a soltura. Como o crime é culposo e a acusada é ré primária, trabalhadora e mãe de família, o juiz acatou a primeira opção”, esclareceu a advogada.

Shirley destaca a possibilidade de absolvição da acusada se acaso o resultado da perícia confirmar que falhas mecânicas ocorreram no veículo. “Ela será julgada por homicídio culposo. Se não houver imperícia, imprudência ou negligência, não há culpa”, analisa. O veículo continua apreendido e só será liberado após conclusão da perícia realizada pelo Instituto de Criminalística de Londrina. 

 

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