27/03/2013
Jovens que bebem pouco também estão expostos a riscos
Possibilidade de acidente é 4 vezes maior entre universitários que ingeriram até 2 doses do que entre os que não beberam
Consumo de bebida reduz obediência à placa de pare nas esquinas, onde acontecem 99% dos acidentes
Londrina – Jovens que bebem pouco também estão expostos a riscos. A possibilidade de envolver-se em acidente de trânsito, por exemplo, é quatro vezes maior entre universitários que ingeriram até duas doses de álcool do que entre aqueles que não beberam. O dado foi publicado recentemente pela revista científica Alcohol e divulgado pela organização não governamental Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa).
Participaram da pesquisa, feita em 2009, 7.037 alunos universitários das 27 capitais brasileiras, que responderam, entre outras questões, sobre comportamentos de risco com relação ao uso de álcool e o número médio de doses habitualmente consumidas nos últimos 12 meses.
O levantamento deixa claro que o comportamento de risco existe, independentemente da quantidade de álcool ingerido pelo universitário. "A pesquisa indica que qualquer quantidade de bebida alcoólica é contraindicada quando se tem algum uso de veículo automotor. O álcool deixa o jovem com excesso de confiança, criando uma falsa sensação de controle e proporcionando chance razoável de ter algum acidente", disse o psiquiatra Arthur Guerra, fundador do Cisa.
Os resultados mostram que os universitários têm de 6,9 até 15 vezes mais chances de ter este comportamento de risco no trânsito após consumir bebida alcoólica. O risco de dirigir embriagado fica quatro vezes maior entre os estudantes que consumiram álcool em níveis moderados (até quatro doses) quando comparados a alunos que tomaram apenas uma dose. Universitários que beberam cinco ou mais doses estavam cinco vezes mais propensos a se envolver em um acidente de trânsito.
Para o major reformado da Polícia Militar e especialista em trânsito, Sérgio Dalben, qualquer quantidade de álcool no organismo leva o motorista a relaxar com os cuidados mais básicos do trânsito. "Ele vai deixar de usar o cinto de segurança, desrespeitar os limites de velocidade, não obedecer a placa de pare nas esquinas, onde acontecem 99% dos acidentes", apontou.
A publicação destaca ainda que outros comportamentos de risco são assumidos por motoristas que ingeriram bebidas alcoólicas como dirigir sem o cinto de segurança, em alta velocidade e ser advertido ou brigar no trânsito com mais frequência.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), acidentes de trânsito são responsáveis por mais de 1,2 milhão de mortes no mundo todo ano. No Brasil, é a sexta maior causa de óbitos. Estimativas do Ministério da Saúde (MS) apontam que entre 30% e 50% das vítimas que sofreram acidentes de trânsito no País haviam bebido.
Para Guerra, esse panorama só vai mudar com maior endurecimento da legislação. "A lei seca trouxe uma mudança, mas está longe do ideal. O governo não pode permitir o uso de bebidas alcoólicas desta forma inconsequente. A venda e o consumo têm que ser controlados, especialmente estre os jovens. Na falta de uma política pública, as mortes vão continuar acontecendo todos os dias", lamentou.
Participaram da pesquisa, feita em 2009, 7.037 alunos universitários das 27 capitais brasileiras, que responderam, entre outras questões, sobre comportamentos de risco com relação ao uso de álcool e o número médio de doses habitualmente consumidas nos últimos 12 meses.
O levantamento deixa claro que o comportamento de risco existe, independentemente da quantidade de álcool ingerido pelo universitário. "A pesquisa indica que qualquer quantidade de bebida alcoólica é contraindicada quando se tem algum uso de veículo automotor. O álcool deixa o jovem com excesso de confiança, criando uma falsa sensação de controle e proporcionando chance razoável de ter algum acidente", disse o psiquiatra Arthur Guerra, fundador do Cisa.
Os resultados mostram que os universitários têm de 6,9 até 15 vezes mais chances de ter este comportamento de risco no trânsito após consumir bebida alcoólica. O risco de dirigir embriagado fica quatro vezes maior entre os estudantes que consumiram álcool em níveis moderados (até quatro doses) quando comparados a alunos que tomaram apenas uma dose. Universitários que beberam cinco ou mais doses estavam cinco vezes mais propensos a se envolver em um acidente de trânsito.
Para o major reformado da Polícia Militar e especialista em trânsito, Sérgio Dalben, qualquer quantidade de álcool no organismo leva o motorista a relaxar com os cuidados mais básicos do trânsito. "Ele vai deixar de usar o cinto de segurança, desrespeitar os limites de velocidade, não obedecer a placa de pare nas esquinas, onde acontecem 99% dos acidentes", apontou.
A publicação destaca ainda que outros comportamentos de risco são assumidos por motoristas que ingeriram bebidas alcoólicas como dirigir sem o cinto de segurança, em alta velocidade e ser advertido ou brigar no trânsito com mais frequência.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), acidentes de trânsito são responsáveis por mais de 1,2 milhão de mortes no mundo todo ano. No Brasil, é a sexta maior causa de óbitos. Estimativas do Ministério da Saúde (MS) apontam que entre 30% e 50% das vítimas que sofreram acidentes de trânsito no País haviam bebido.
Para Guerra, esse panorama só vai mudar com maior endurecimento da legislação. "A lei seca trouxe uma mudança, mas está longe do ideal. O governo não pode permitir o uso de bebidas alcoólicas desta forma inconsequente. A venda e o consumo têm que ser controlados, especialmente estre os jovens. Na falta de uma política pública, as mortes vão continuar acontecendo todos os dias", lamentou.
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