sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013



Agentes suspeitos de matar preso em cela são suspensos

A secretária da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Maria Tereza Uille Gomes, determinou nesta sexta-feira (22) a suspensão preventiva de quatro agentes penitenciários e dois agentes de cadeia pública, por suspeita de envolvimento na morte de um preso, na Casa de Custódia de Maringá (CCM). Foi aberta sindicância e a secretária formalizou o pedido de acompanhamento rigoroso do caso pelo Ministério Público. 

Marcos de Souza Melo, 37 anos, suspeito de estuprar e matar a mãe em Ourizona (35 quilômetros de Maringá), deu entrada na CCM na sexta-feira (15) e estava em cela individual. Na noite de domingo (17), ele foi encontrado morto, com sinais de espancamento. O laudo final do Instituto Médico-Legal deve sair em 15 dias. 

"Se a investigação concluir que algum agente penitenciário ou de cadeia pública tem responsabilidade na morte do apenado, ele vai arcar com todo o ônus dessa atitude. Não vamos deixar que uns poucos venham a manchar a imagem de todos os nossos educadores, servidores e agentes penitenciários", afirmou Maria Tereza. 

Durante reunião, nesta sexta-feira em Curitiba, com os diretores das 31 unidades penitenciárias do Paraná, a secretária reforçou que não admite morte de preso por causa violenta dentro do Sistema Penitenciário. "Se não queremos que nossas famílias sejam agredidas, devemos trabalhar e viver sem agressão, num ambiente de paz e sem violência".

A secretária reiterou que a meta do governo é desenvolver uma cultura de paz, num ambiente sem violência, com investimento maciço em educação e trabalho, como forma de ressocialização e reinserção social do apenado. Dos 17.516 presos no sistema penitenciário do Estado 71,38%estão envolvidos em ações de ressocialização. 43,23% deles estão estudando e 28,15% estão trabalhando. "Nosso compromisso é devolver à sociedade a pessoa que está no sistema penitenciário melhor do que quando entrou. Por isso, devemos fazer com que o cidadão cumpra a pena a qual foi condenado, com respeito a seus direitos humanos", declarou Maria Tereza.

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