domingo, 14 de julho de 2013

14/07/2013

Intervenção na delegacia do Caso Tayná afasta policiais

Ministério Público do Paraná protocolou pedido de liberdade provisória dos acusados de violentarem e matarem a adolescente neste domingo (14)
Curitiba - A equipe da Delegacia do Alto Maracaná, em Colombo, foi temporariamente afastada na manhã de hoje. O comando da Polícia Civil diz que se trata de uma medida preventiva, "para que as investigações ocorram de forma transparente e sem interferências". A substituição dos policiais por membros do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) acontece após suspeita de que os quatro homens presos pelo assassinato da menina Tayná Adriane Silva, de 14 anos, tenham sido torturados para confessar o crime. 

Na tarde de sábado (13), eles reafirmaram aos membros do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) que teriam sido torturados. Os acusados passaram por novos exames físicos, cujos resultados só ficarão prontos nesta semana. O promotor público Paulo Markowicz de Lima disse à imprensa que, até o momento, "os elementos são insuficientes" para incriminar os quatro suspeitos. Ele reforçou que espera a conclusão de mais resultados periciais para descartar o envolvimento deles. 

MP pede liberdade provisória 

O Ministério Público do Paraná protocolou neste domingo (14), no juízo criminal de plantão de Colombo, na região metropolitana de Curitiba, o pedido de liberdade provisória dos acusados de violentarem e matarem a adolescente Tayná Adriane da Silva. O pedido foi feito pelos promotores de Justiça Ricardo Casseb Lois e Paulo Sergio Markowicz de Lima, que atuam no caso. Por se tratar de pedido urgente, a Justiça deve analisá-lo ainda neste domingo. 

O pedido de liberdade está fundamentado no fato de que os acusados já foram interrogados várias vezes no inquérito policial e cederam material genético para confronto com evidências. De acordo com a Promotoria, não seria mais necessária a manutenção da prisão para garantir providências investigatórias. Além disso, os promotores sustentam que os acusados não demonstraram, até o momento, sinais de periculosidade que possa levá-los a praticar novos crimes. 

A decisão de requerer a liberdade provisória foi tomada após o último depoimento dos acusados, ocorrido na noite deste sábado (13), na Secretaria de Segurança Pública do Paraná, e acompanhado integralmente pelo Ministério Público. Durante o interrogatório, os acusados alegaram inocência e afirmaram que foram torturados para confessar o crime. 

Para os promotores de Justiça, as provas que existem contra os acusados no inquérito, até o momento, não são suficientes para iniciar o processo criminal.

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