20/11/2013 -
PF prende 25 suspeitos de pedofilia em 11 Estados
Investigação identificou uma centena de envolvidos com compartilhamento de imagens e vídeos de abusos
Material coletado durante cumprimento de mandados de prisão será periciado
Curitiba - A Polícia Federal (PF) prendeu ontem 25 suspeitos de pedofilia durante a maior operação de combate a esse tipo de crime já realizada pelo órgão. A Operação Glasnot apurou os crimes de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes em 11 Estados. A investigação foi realizada ao longo de dois anos e identificou uma centena de brasileiros envolvidos com a produção e compartilhamento de imagens e vídeos de crianças, adolescentes e até mesmo de bebês, muitos deles sendo abusados sexualmente por adultos.
Conforme a Superintendência da PF em Curitiba, que coordenou a operação, mais de 200 suspeitos continuam sob investigação. Os policiais também identificaram brasileiros residentes nos Estados Unidos que estão sendo investigados com a colaboração do FBI (polícia federal norte-americana).
Até o início da noite de ontem foram realizadas 24 prisões em flagrante por posse de pornografia infantil, sendo sete no Paraná, três no Rio Grande do Sul, uma no Rio de Janeiro, uma em Minas Gerais, uma na Bahia e dez em São Paulo. Na capital paulista, a PF ainda cumpriu um mandado de prisão preventiva por suspeita de estupro de menores. Os nomes dos presos não foram divulgados.
O homem preso em São Paulo é suspeito de abusar sexualmente da própria filha, de apenas 5 anos, e de divulgar as imagens na internet. O criminoso será encaminhado para a PF em Curitiba. No Paraná as prisões em flagrante ocorreram na capital (4) e em Londrina (1), Apucarana (1) e Campo Mourão (1).
Ao todo cerca de 400 agentes da PF também cumpriram 86 mandados de busca e apreensão, além de 20 medidas de condução coercitiva (quando o suspeito é encaminhado para prestar depoimento) em 45 cidades nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Goiás, Bahia, Maranhão, Alagoas e Ceará.
No Paraná os mandados foram cumpridos em Curitiba, Londrina, Apucarana, Paranavaí, Ubiratã, Maringá, Campo Mourão, Santo Antônio da Platina, Mandirituba, Almirante Tamandaré e Fazenda Rio Grande.
Site russo
Entre os alvos da operação estão um policial militar, um soldado da Aeronáutica, diversos professores e também um chefe de grupo de escoteiros. De acordo com o delegado da PF em Curitiba, Flávio Setti, a investigação começou após a prisão de um pedófilo há dois anos, em Curitiba. "A partir da identificação deste criminoso e das ferramentas que ele utilizava para distribuir as imagens passamos a monitorar o site russo que hospedava e compartilhava as fotos. São pessoas aparentemente acima de qualquer suspeita. O site acabou se tornando um ponto de convergência de inúmeros pedófilos", disse.
O endereço do site não foi divulgado. Setti informou que havia uma troca de imagens e isso gerava um círculo vicioso de abuso para obter novos materiais pornográficos. As vítimas têm entre 6 meses e 15 anos de idade. "É chocante. Eles incentivavam esta prática absurda e também produziam imagens para usar como moeda de troca", completou o delegado. Os 19 presos em flagrante podem ser soltos mediante pagamento de fiança. No entanto, ainda poderão responder criminalmente caso as acusações se confirmem. A posse de imagens já é crime pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), com pena prevista de um a quatro anos de reclusão. Se há o compartilhamento dessas imagens, a pena sobe de três a seis anos.
Todo o material coletado durante o cumprimento dos mandados de prisão será periciado e analisado a fim de que sejam identificados novos envolvidos.
Conforme a Superintendência da PF em Curitiba, que coordenou a operação, mais de 200 suspeitos continuam sob investigação. Os policiais também identificaram brasileiros residentes nos Estados Unidos que estão sendo investigados com a colaboração do FBI (polícia federal norte-americana).
Até o início da noite de ontem foram realizadas 24 prisões em flagrante por posse de pornografia infantil, sendo sete no Paraná, três no Rio Grande do Sul, uma no Rio de Janeiro, uma em Minas Gerais, uma na Bahia e dez em São Paulo. Na capital paulista, a PF ainda cumpriu um mandado de prisão preventiva por suspeita de estupro de menores. Os nomes dos presos não foram divulgados.
O homem preso em São Paulo é suspeito de abusar sexualmente da própria filha, de apenas 5 anos, e de divulgar as imagens na internet. O criminoso será encaminhado para a PF em Curitiba. No Paraná as prisões em flagrante ocorreram na capital (4) e em Londrina (1), Apucarana (1) e Campo Mourão (1).
Ao todo cerca de 400 agentes da PF também cumpriram 86 mandados de busca e apreensão, além de 20 medidas de condução coercitiva (quando o suspeito é encaminhado para prestar depoimento) em 45 cidades nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Goiás, Bahia, Maranhão, Alagoas e Ceará.
No Paraná os mandados foram cumpridos em Curitiba, Londrina, Apucarana, Paranavaí, Ubiratã, Maringá, Campo Mourão, Santo Antônio da Platina, Mandirituba, Almirante Tamandaré e Fazenda Rio Grande.
Site russo
Entre os alvos da operação estão um policial militar, um soldado da Aeronáutica, diversos professores e também um chefe de grupo de escoteiros. De acordo com o delegado da PF em Curitiba, Flávio Setti, a investigação começou após a prisão de um pedófilo há dois anos, em Curitiba. "A partir da identificação deste criminoso e das ferramentas que ele utilizava para distribuir as imagens passamos a monitorar o site russo que hospedava e compartilhava as fotos. São pessoas aparentemente acima de qualquer suspeita. O site acabou se tornando um ponto de convergência de inúmeros pedófilos", disse.
O endereço do site não foi divulgado. Setti informou que havia uma troca de imagens e isso gerava um círculo vicioso de abuso para obter novos materiais pornográficos. As vítimas têm entre 6 meses e 15 anos de idade. "É chocante. Eles incentivavam esta prática absurda e também produziam imagens para usar como moeda de troca", completou o delegado. Os 19 presos em flagrante podem ser soltos mediante pagamento de fiança. No entanto, ainda poderão responder criminalmente caso as acusações se confirmem. A posse de imagens já é crime pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), com pena prevista de um a quatro anos de reclusão. Se há o compartilhamento dessas imagens, a pena sobe de três a seis anos.
Todo o material coletado durante o cumprimento dos mandados de prisão será periciado e analisado a fim de que sejam identificados novos envolvidos.
Rubens
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