domingo, 27 de janeiro de 2013

27/01/2013 -- 00h00

Falta de profissionais especializados faz governo brasileiro estudar formas de facilitar imigração

Nunca o Brasil manteve uma média tão baixa da taxa de desemprego como agora - o último índice foi de 4,9%, em novembro de 2012 -, o que significa que há várias oportunidades de trabalho no País. No entanto, o aumento de vagas para alguns setores como de energia, siderurgia, petrolífero e tecnologia da informação disparou na última década. E, diante da falta de mão de obra especializada para suprir o mercado interno, estrangeiros estão sendo contratados para estes postos. O movimento é fortalecido pela forte crise europeia que se arrasta até os dias atuais, fazendo com que estes profissionais também procurem o Brasil.

De 2009 a 2011, a quantidade de vistos de trabalho a estrangeiros concedidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) cresceu 64,3%, saltando de 42.914 para 70.524. Em 2012, até 30 de setembro, outras 55.009 autorizações já haviam sido concedidas. O Paraná ocupa a 6 posição no ranking dos estados, com um total de 1.108 autorizações em 2012, sendo a Alemanha e os Estados Unidos os países que mais receberam vistos: 164 e 163 respectivamente. Diante deste aumento, com o medo de um apagão profissional, estratégias estão sendo articuladas para facilitar a imigração.

Segundo André Sacconato, diretor de pesquisas da Brasil Investimentos & Negócios (Brain), o estudo ''Talentos - As profissões e o mercado de trabalho brasileiro entre 2000 e 2010'', mostrou que, neste período, o salário disparou em áreas como Engenharia Civil e Engenharia Química. ''Isso indica que a demanda por profissionais nessas áreas tem aumentado substancialmente mais que a oferta de formados. Uma solução seria aproveitar o aumento do interesse dos estrangeiros pelo País para facilitar sua atuação especificamente nesses segmentos'', explica.

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