domingo, 27 de janeiro de 2013

Para psiquiatra, internação compulsória é muitas vezes a única forma de salvar a vida de um viciado

Na luta do homem contra o crack, a droga na maioria das vezes leva a melhor. O crescimento das cracolândias, espalhadas pelos grandes e médios centros urbanos do País, é a prova da força do vício e da dificuldade que os usuários enfrentam para abandonar o consumo.

Uma alternativa na luta contra o vício que está em voga atualmente é a internação compulsória dos drogados. Cidades como o Rio de Janeiro e São Paulo já adotaram a medida. A opção, no entanto, é alvo de muita polêmica e discussão.

De um lado, críticos alegam que a internação contra a vontade é inconstitucional, uma vez que fere o direito de ir e vir. Do outro, os defensores afirma que essa é uma das únicas formas de salvar a vida de quem já perdeu o controle sobre o vício. No meio do fogo cruzado, ficam os dependentes do crack, muitas vezes sem condições de abandonar o uso por conta própria.

Para o psiquiatra Élio Luiz Mauer, professor do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e diretor técnico da Unidade Intermediária de Crise e Apoio à Vida (Unica), em Curitiba, forçar o usuário a receber tratamento não é apenas uma alternativa, mas talvez a única forma de salvar a vida de quem já perdeu a guerra contra o vício.

"Quem acha que a internação compulsória é um castigo não sabe o que está falando. É uma escolha entre continuar em direção ao despenhadeiro ou mudar o rumo das coisas

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