terça-feira, 10 de dezembro de 2013

10/12/2013

Explosões destroem duas agências bancárias

Bandidos usaram dinamites para explodir salas de autoatendimento em São Jerônimo da Serra
Gustavo Carneiro
Funcionárias tiveram trabalho para limpar estragos causados pelo ataque
São Jerônimo da Serra – As salas de autoatendimento de duas agências bancárias, do Banco do Brasil e do Bradesco, foram totalmente destruídas por explosivos na madrugada de ontem em São Jerônimo da Serra (Norte Pioneiro). Os bancos, que estão situados um em frente ao outro, já foram arrombados pelo menos outras três vezes nos últimos três anos. Insegurança assusta os pouco mais de 11 mil moradores da cidade. 

A ação dos bandidos aconteceu por volta das 3 horas da manhã. As explosões foram simultâneas. Destruíram portas, janelas, caixas eletrônicos e até o telhado de um dos imóveis. Ainda durante a tarde de ontem, funcionários faziam a limpeza dos estilhaços de vidro, que se espalharam pelas calçadas e ruas. O atendimento normal nos bancos deve demorar 20 dias para ser retomado. 

Por meio de imagens das câmeras de segurança da agência do Banco do Brasil, a polícia identificou a participação de três homens, encapuzados e com luvas, que invadiram a sala de autoatendimento e em menos de cinco minutos explodiram os caixas e fugiram em um Gol prata. "Provavelmente existia mais gente na outra agência, do lado de fora dos bancos e pelo menos mais um carro. Mas como não havia câmeras no Bradesco não foi possível visualizar se havia outras pessoas", informou o delegado de São Jerônimo da Serra, Flávio Augusto Enout. 

O Instituto de Criminalística e a Polícia Científica estiveram no local e colheram digitais, que possivelmente não são dos criminosos. "Pela forma rápida e organizada em que eles agiram, trata-se de uma quadrilha especializada neste tipo de crime. As imagens mostram claramente como eles colocam a dinamite nas máquinas, esperam a explosão e voltam para pegar o dinheiro", explicou Enout. Os bancos não informaram o montante roubado. 

O último ataque contra as duas agências ocorreu em agosto. "É difícil apontar que todas as ações são do mesmo grupo. A verdade é que essas quadrilhas contam com informantes e aproveitam o baixo contingente policial nas cidades pequenas para agirem desta forma", apontou o delegado. 

A violência das explosões assustou os moradores. "Aqui é sossegado e eu nunca tinha visto um estrago deste tamanho. Essas coisas a gente só vê pela televisão e jamais pensei que ia acontecer aqui", relatou o agricultor Paulo Tixiliski, de 61 anos. A professora Carolaine Machado Padilha, de 29, mora a poucos metros das agências e conta que a casa dela tremeu durante as explosões. "Achei que a minha casa estava caindo, tamanho foi o estrondo. Não estamos acostumados com essa violência." O estudante Paulo Filho, de 25 anos, também vizinho dos bancos, teve a mesma sensação. "Todo mundo saiu para a rua com medo que acontecesse alguma coisa com as casas. Infelizmente só consegui ver um carro saindo após as explosões", relatou. 

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