Diarista entrega filho viciado à polícia
Jovem de 18 anos, que furtou mercado para comprar crack, vai responder processo em liberdade
''Ele não ficou com raiva de
mim, garantiu que está arrependido e que vai voltar a trabalhar e mudar
de vida'', diz Carmelita Santos
Londrina - ''Entreguei
para ver se ele nasce de novo.''. Este é o depoimento desesperado de
uma mãe que denunciou o próprio filho de 18 anos à polícia depois que
ele arrombou um bazar para furtar mercadorias e trocar por crack.
O drama da diarista Carmelita Gonçalves dos Santos, de 37 anos, mãe de outras três filhas, começou há três anos, quando Tiago Augusto Splendor, 18, começou a fumar maconha. O caminho para drogas mais pesadas foi fácil, até chegar ao consumo diário do crack. ''Ele cresceu muito revoltado, principalmente com o pai, que batia muito nele'', confessa a mãe, separada há quatro meses.
As más companhias, segundo Carmelita, também influenciaram o jovem a entrar no mundo das drogas. Thiago foi apreendido duas vezes pela Polícia quando era menor de idade. Uma delas por praticar um assalto à mão armada. Os crimes eram sempre para arrumar dinheiro para sustentar o vício.
Na noite de segunda-feira, Splendor invadiu um estabelecimento comercial na frente da casa da mãe e furtou camisetas e bonés, que foram trocados por droga. Carmelita já sabia que era o filho que havia entrado no local e resolveu acionar a polícia na manhã de ontem. ''Ele não ficou com raiva de mim, garantiu que está arrependido e que vai voltar a trabalhar e mudar de vida. Ele aceitou ser internado para se tratar'', diz esperançosa a diarista. Splendor também havia vendido vários objetos da casa da mãe e da própria casa para comprar droga.
''Atitudes como essa mostram o desespero da mãe, que prefere ver o filho preso do que morto. As mães sofrem muito e imaginam que dessa forma os filhos vão ouvi-las e decidam mudar de vida'', coloca a gerente de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde, Silvana Aparecida Valentim.
Como não foi pego em flagrante, Thiago Splendor vai responder pelo furto em liberdade, mas não voltou para casa. Por medo de represália de moradores do bairro, a família encaminhou o jovem para a casa de um parente em outra região da cidade. ''O pessoal aqui estava um pouco revoltado com ele então preferimos deixar ele longe e sem contato com ninguém, por enquanto'', explicou a mãe.
Splendor é casado com Taiany Mayara Gonçalves, 19, há quatro anos e tem dois filhos. Um menino de 2 anos e uma menina de 4 meses. A esposa confessou que o casal já se separou várias vezes em virtude do vício do marido, mas que sempre voltam a ficar juntos.
''Quando ele chegava em casa drogado eu saía de perto. Ele simplesmente sumia a noite toda. Antes de ser preso agora ele ficou três dias sem dormir nem comer. Vinha em casa só para tomar água e ia embora de novo'', relatou Taiany.
Tiago Splendor chegou a ser internado há um ano em uma clínica, mas ficou apenas três dias e voltou para a rua. ''É muito difícil inserir os jovens em tratamentos. Nesta fase da vida eles estão passando por mudanças, têm uma visão de mundo diferente, querem experimentar muita coisa. Precisamos encontrar ferramentas específicas e projetos voltados para eles para conseguirmos mantê-los em tratamento'', explicou Silvana Valentim.
A família já foi contactada pelo representante de uma clínica de recuperação, que ofereceu tratamento gratuito ao jovem.''Só quero que isso sirva de lição e que ele possa cuidar dos filhos, da mulher e da casa dele'', ressaltou a mãe.
O drama da diarista Carmelita Gonçalves dos Santos, de 37 anos, mãe de outras três filhas, começou há três anos, quando Tiago Augusto Splendor, 18, começou a fumar maconha. O caminho para drogas mais pesadas foi fácil, até chegar ao consumo diário do crack. ''Ele cresceu muito revoltado, principalmente com o pai, que batia muito nele'', confessa a mãe, separada há quatro meses.
As más companhias, segundo Carmelita, também influenciaram o jovem a entrar no mundo das drogas. Thiago foi apreendido duas vezes pela Polícia quando era menor de idade. Uma delas por praticar um assalto à mão armada. Os crimes eram sempre para arrumar dinheiro para sustentar o vício.
Na noite de segunda-feira, Splendor invadiu um estabelecimento comercial na frente da casa da mãe e furtou camisetas e bonés, que foram trocados por droga. Carmelita já sabia que era o filho que havia entrado no local e resolveu acionar a polícia na manhã de ontem. ''Ele não ficou com raiva de mim, garantiu que está arrependido e que vai voltar a trabalhar e mudar de vida. Ele aceitou ser internado para se tratar'', diz esperançosa a diarista. Splendor também havia vendido vários objetos da casa da mãe e da própria casa para comprar droga.
''Atitudes como essa mostram o desespero da mãe, que prefere ver o filho preso do que morto. As mães sofrem muito e imaginam que dessa forma os filhos vão ouvi-las e decidam mudar de vida'', coloca a gerente de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde, Silvana Aparecida Valentim.
Como não foi pego em flagrante, Thiago Splendor vai responder pelo furto em liberdade, mas não voltou para casa. Por medo de represália de moradores do bairro, a família encaminhou o jovem para a casa de um parente em outra região da cidade. ''O pessoal aqui estava um pouco revoltado com ele então preferimos deixar ele longe e sem contato com ninguém, por enquanto'', explicou a mãe.
Splendor é casado com Taiany Mayara Gonçalves, 19, há quatro anos e tem dois filhos. Um menino de 2 anos e uma menina de 4 meses. A esposa confessou que o casal já se separou várias vezes em virtude do vício do marido, mas que sempre voltam a ficar juntos.
''Quando ele chegava em casa drogado eu saía de perto. Ele simplesmente sumia a noite toda. Antes de ser preso agora ele ficou três dias sem dormir nem comer. Vinha em casa só para tomar água e ia embora de novo'', relatou Taiany.
Tiago Splendor chegou a ser internado há um ano em uma clínica, mas ficou apenas três dias e voltou para a rua. ''É muito difícil inserir os jovens em tratamentos. Nesta fase da vida eles estão passando por mudanças, têm uma visão de mundo diferente, querem experimentar muita coisa. Precisamos encontrar ferramentas específicas e projetos voltados para eles para conseguirmos mantê-los em tratamento'', explicou Silvana Valentim.
A família já foi contactada pelo representante de uma clínica de recuperação, que ofereceu tratamento gratuito ao jovem.''Só quero que isso sirva de lição e que ele possa cuidar dos filhos, da mulher e da casa dele'', ressaltou a mãe.
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