Tiros foram disparados da arma encontrada
sobre a cama do casal. Isso ajudou a descartar a hipótese de uma
terceira pessoa na cena do crime
Crime na Gleba Palhano
Perícia confirma que presidente da Cofercatu cometeu suicídio após matar a mulher
Até a manhã desta segunda-feira, não se
sabia a motivação do crime. Confira vídeo com a reconstituição do
assassinato e do suicídio divulgado pela polícia
29/10/2012
A perícia realizada pelo Instituto de Criminalística de Londrina divulgou, na manhã desta segunda-feira (29), o resultado das primeiras análises sobre o crime envolvendo um casal no edifício Torre Madri, na Gleba Palhano, na zona sul. Segundo o perito Rafael Greve, o diretor-presidente da Cooperativa de Cafeicultores da Cidade de Porecatu (Cofercatu), José Otaviano de Oliveira Ribeiro, 69 anos, matou a nutricionista Tathiana Name Colado Simão, 35 anos, com dois tiros na cabeça e, sem seguida, atirou no próprio peito.
O crime aconteceu durante a madrugada de quarta-feira (24), no edifício Torre Madri. Ribeiro e Tathiana foram encontrados mortos sobre a própria cama. Na cena do crime, foram apreendidos uma arma de fogo e uma faca de cozinha. Pelo menos quatro garrafas de vinho praticamente vazias e duas taças foram encontradas no apartamento. O notebook da nutricionista foi localizado pela polícia destruído em uma lata de lixo e passará por avaliação. A previsão é de que a verificação dos dados do computador seja concluída em dez dias.
"Os dois tiveram possivelmente alguma discussão e ficaram preparados para algum tipo de situação e, quando se encontraram no quarto, depois de Tathiana ter voltado da casa do ex-marido, houve o crime", disse o perito Rafael Greve.
A expectativa da perícia é de que a motivação do assassinato seguido de suicídio seja revelada após a conclusão da varredura no computador da Tathiana. Na noite do crime, Tathiana saiu do apartamento para levar o filho de 3 anos, fruto de outro relacionamento, até a casa do pai, por volta da meia-noite. À polícia, o pai contou que ela aparentava ter ingerido bebida alcoólica.
Nos celulares do casal não foram encontradas informações relevantes que pudessem contribuir para a descoberta da motivação do crime. Uma das garrafas de vinho foi encontrada em cima da pia da cozinha e outras três na sala do apartamento. As taças estavam no criado ao lado do corpo da nutricionista e a outra no braço do sofá da sala.
No quarto do casal, a perícia encontrou, no tapete, um estojo (cápsula que envolve o projétil) de munição, ao pé da cama. Um segundo estava do lado esquerdo da cama, o lado no qual estava deitado Otaviano Ribeiro. A terceira bala ficou alojada no corpo de Tathiana. Todos os projéteis foram disparados da arma encontrada no local, o que, segundo Greve, descarta a possibilidade de uma terceira pessoa ter cometido o crime.
Os exames realizados pela perícia mostraram que os tiros foram disparados de uma distância de 25 centímetros contra o rosto da nutricionista. Ela foi encontrada sentada do lado direito da cama com a cabeça inclinada e uma faca de cozinha nas mãos. Não há indícios de que a faca foi usada. Um dos tiros transfixou a cabeça de Tathiana e bateu contra o papel de parede do quarto.
Já Otaviano foi encontrado morto com um tiro no peito, que também transfixou o corpo. Ele estava deitado sobre o lado direito do corpo e coberto. A arma foi disparada encostada diretamente no peito do presidente da Cofercatu.
O chefe do Instituto de Criminalística em Londrina, Daniel Filipeto, disse que toda a parte técnica da investigação já foi finalizada. Falta agora finalizar a varredura em redes sociais, imagens e mensagens de e-mail presentes no computador apreendido. "Esperamos que a motivação apareça a partir dessas informações", disse.
Veja abaixo a reconstituição do crime produzida pela perícia técnica do Instituto de Criminalística de Londrina.
O crime aconteceu durante a madrugada de quarta-feira (24), no edifício Torre Madri. Ribeiro e Tathiana foram encontrados mortos sobre a própria cama. Na cena do crime, foram apreendidos uma arma de fogo e uma faca de cozinha. Pelo menos quatro garrafas de vinho praticamente vazias e duas taças foram encontradas no apartamento. O notebook da nutricionista foi localizado pela polícia destruído em uma lata de lixo e passará por avaliação. A previsão é de que a verificação dos dados do computador seja concluída em dez dias.
"Os dois tiveram possivelmente alguma discussão e ficaram preparados para algum tipo de situação e, quando se encontraram no quarto, depois de Tathiana ter voltado da casa do ex-marido, houve o crime", disse o perito Rafael Greve.
A expectativa da perícia é de que a motivação do assassinato seguido de suicídio seja revelada após a conclusão da varredura no computador da Tathiana. Na noite do crime, Tathiana saiu do apartamento para levar o filho de 3 anos, fruto de outro relacionamento, até a casa do pai, por volta da meia-noite. À polícia, o pai contou que ela aparentava ter ingerido bebida alcoólica.
Nos celulares do casal não foram encontradas informações relevantes que pudessem contribuir para a descoberta da motivação do crime. Uma das garrafas de vinho foi encontrada em cima da pia da cozinha e outras três na sala do apartamento. As taças estavam no criado ao lado do corpo da nutricionista e a outra no braço do sofá da sala.
No quarto do casal, a perícia encontrou, no tapete, um estojo (cápsula que envolve o projétil) de munição, ao pé da cama. Um segundo estava do lado esquerdo da cama, o lado no qual estava deitado Otaviano Ribeiro. A terceira bala ficou alojada no corpo de Tathiana. Todos os projéteis foram disparados da arma encontrada no local, o que, segundo Greve, descarta a possibilidade de uma terceira pessoa ter cometido o crime.
Os exames realizados pela perícia mostraram que os tiros foram disparados de uma distância de 25 centímetros contra o rosto da nutricionista. Ela foi encontrada sentada do lado direito da cama com a cabeça inclinada e uma faca de cozinha nas mãos. Não há indícios de que a faca foi usada. Um dos tiros transfixou a cabeça de Tathiana e bateu contra o papel de parede do quarto.
Já Otaviano foi encontrado morto com um tiro no peito, que também transfixou o corpo. Ele estava deitado sobre o lado direito do corpo e coberto. A arma foi disparada encostada diretamente no peito do presidente da Cofercatu.
O chefe do Instituto de Criminalística em Londrina, Daniel Filipeto, disse que toda a parte técnica da investigação já foi finalizada. Falta agora finalizar a varredura em redes sociais, imagens e mensagens de e-mail presentes no computador apreendido. "Esperamos que a motivação apareça a partir dessas informações", disse.
Veja abaixo a reconstituição do crime produzida pela perícia técnica do Instituto de Criminalística de Londrina.
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