quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Outubro é o 2º mês mais violento do ano em Londrina

Outubro foi o segundo mês mais violento do ano em Londrina. A informação foi confirmada pelo delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial Márcio Amaro. Até a tarde desta quarta-feira (31), 13 pessoas tinham sido assassinadas na cidade. Outubro só fica atrás de janeiro no número de mortes violentas, com uma a menos.

Com as 13 mortes registradas no mês, Londrina igualou o número de homicídios de 2011, quando 93 pessoas foram assassinadas. Amaro explicou que uma briga entre grupos rivais na região leste contribuiu para o elevado número de crimes.

"Homicídio é um crime que não dá para prever. Em outubro houve uma disputa entre gangues na zona leste que fez disparar o número de mortes", argumenta o delegado-chefe.

Restando ainda dois meses para o final do ano, Amaro calcula que 2012 deve terminar com cerca de 110 homicídios.

"Estamos trabalhando e esperamos que o número de mortes não passe de 110. Pela média dos últimos anos, é um número até razoável. Em 2008 tivemos 128 mortes; em 2009, 130; em 2010, 108; e em 2011, 93".

O delegado acrescentou que de todos os crimes do ano, 70% foram solucionados. "Os outros 30% permanece sem solução pela falta de peças chaves, de pessoas que se silenciam e preferem não testemunhar".

Mortes em confronto

Além dos 13 homicídios, outubro registrou outras seis mortes em confrontos com a Polícia Militar. Os suspeitos foram mortos em três ocorrências envolvendo a PM. No entanto, o delegado Márcio Amaro explicou que os casos não entram na estatística dos homicídios.

Mortes na região

Na tarde desta quarta, a Secretária de Segurança Pública divulgou o balanço trimestral do total de homicídios no Estado no ano. Na área de abrangência da 10ª SDP (Londrina, Cambé, Ibiporã e Tamarana), o número de mortes violentas já superou o de 2011.

De janeiro a setembro do ano passado, 127 pessoas foram mortas nas quatro cidades. Nos nove primeiros meses de 2012, o número de assassinatos já chega a 133.

Jovem morre em confronto com PM na região de Londrina

Um jovem foi baleado pela Polícia Militar durante tentativa de assalto em uma chácara na cidade de Tamarana (62 km ao sul de Londrina) na tarde desta quarta-feira (31).

Além do jovem, duas crianças também participaram do assalto e foram apreendidas pela polícia. Segundo informações da rádio Paiquerê AM, a PM recebeu uma denúncia anônima de uma pessoa que foi vítima do grupo e foi até o local, onde realizou a abordagem.

Durante a ação, o jovem resistiu e trocou tiros com a PM. Após ser baleado, ele foi a óbito no local e corpo foi encaminhado ao IML de Londrina para identificação.

A PM suspeita de que o grupo realizou outros assaltos no município.


Polícia Federal investiga suposto trabalho escravo no PR

A Polícia Federal realiza nesta quarta-feira (31) uma operação que investiga uma suposta situação de trabalho escravo em um frigorífico de Cambira, município a 19 km de Apucarana.

De acordo com as primeiras informações, a empresa manteria cerca de 50 trabalhadores paraguaios em situação irregular e sob condições precárias e subhumanas. Além da PF, o Ministério Público do Trabalho acompanha a operação.

O assessor jurídico do frigorífico, José Edilson Miranda, confirmou que existem paraguaios que atuam de forma irregular na empresa. Segundo ele, a greve da Polícia Federal teria atrasado a tramitação dos documentos. O advogado não soube informar quantos funcionários estariam nesta condição. Ele disse apenas que 16 paraguaios que estão na empresa há cerca de um mês já possuem carteira de trabalho e são registrados conforme a lei.

Miranda contou que quatro paraguaios teriam vindo até Maringá em busca de emprego depois que frigoríficos do país vizinho ao Brasil encerraram as atividades. Após a oportunidade dada pela empresa de Cambira, os paraguaios fizeram contatos com outros trabalhadores do setor e formaram repúblicas em hotéis da região onde estão alojados.

Os trabalhadores estão sendo ouvidos pela Polícia Federal na sede da empresa. Conforme o advogado, o frigorífico ainda operava normalmente interditado até o final da manhã. "Vamos aguardar até o final da tarde para verificar o que pode ser feito. Foi a greve da Polícia Federal que atrapalhou a regularização dos paraguaios", reforçou Miranda.


Nenhum comentário:

Postar um comentário