segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Ratinho: 'PSC não tem musculatura para2014


30/10/2012 -- 00h00


Derrotado na corrida pela Prefeitura de Curitiba, deputado federal critica atuação de casal ministerial
Theo Marques
''Sofri preconceito por ter feito uma campanha popular'', declarou Ratinho Jr.
Curitiba - Nem bem desceu do palanque eleitoral, ontem Ratinho Júnior (PSC) já teve que responder a especulações sobre o seu futuro político em 2014. Apesar de derrotado na eleição da capital paranaense, ele surgiu como opção após surpreender os ''partidões'' e ultrapassar Gustavo Fruet (PDT) e Luciano Ducci (PSB) no primeiro turno, apoiados pelas ''máquinas'' dos governos federal, estadual e municipal.

De pronto, o jovem de 31 anos negou que dispute o governo do Paraná em 2014. ''Não vejo musculatura suficiente, essa foi a minha primeira eleição majoritária'', declarou Ratinho Júnior, já no segundo mandato de deputado federal, e filho do apresentador de televisão Carlos Massa, o ''Ratinho Pai'', como era chamado em Curitiba durante o pleito.

No segundo turno a candidatura dele patinou, repetindo a votação recebida três semanas antes. Foram 387 mil eleitores (40% dos votos válidos), concentrados na região mais pobre da cidade. ''Sofri preconceito por ter feito uma campanha popular'', declarou. ''(O Gustavo) tem identidade com setores mais tradicionais da cidade, pois dois anos atrás as pessoas que votaram no Beto Richa (PSDB) para governador, votaram nele também para o Senado'', disse Ratinho.

O deputado federal acatou que certa troca de críticas é normal numa campanha política, mas se queixou do apoio dado pelos ministros Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo ao seu rival nas urnas. ''Não tenho mais o mesmo carinho pelo casal'', assumiu. Ratinho elogiou o comportamento de Dilma e Lula, afastados da campanha ''em respeito ao meu trabalho no Congresso'', e Beto Richa, pelo mesmo distanciamento. ''Eles agiram de uma forma muito correta comigo'', afirmou.

Num repeteco do período pré-eleitoral deste ano, afirmou ser cedo para responder à especulação de queria ser vice de Beto Richa, ou mesmo de Gleisi, em 2014. ''Uma disputa local não deveria levar ao rompimento. Política não se faz com o fígado'', desconversou. ''Curitiba preferiu a mudança menos brusca'', avaliou Ratinho.

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