sexta-feira, 11 de outubro de 2013

11/10/2013 

Para delegada, não houve estupro

Curitiba - A Delegacia da Mulher de Curitiba concluiu parte da investigação sobre o suposto estupro coletivo ocorrido na capital e que teria envolvido os jogadores do Vitória no último dia 30 de setembro. A delegada Márcia Rejane Vieira Marcondes, da DM, disse ontem que foi constatado que não houve estupro. Agora a equipe comandada pela delegada procura saber os motivos pelos quais a suposta vítima alegou o crime. 

O caso ocorreu após o jogo entre o Atlético-PR e o Vitória, em Curitiba. O time baiano venceu e alguns dos jogadores do clube foram a uma casa noturna comemorar o resultado. Duas mulheres saíram do local com os jogadores e foram para um hotel durante a madrugada. Pela manhã, a mais velha, de 44 anos, saiu do local e alegou estupro. A outra, de 22 anos, negou a acusação, apesar de afirmar que ficou alguns momentos longe da colega. 

Segundo a delegada, as provas apontam para a inexistência do estupro. "Podemos afirmar que não houve crime, por vários motivos: a inconsistência das declarações dela nos dois depoimentos e na imprensa e pelas demais provas dos legistas." O exame do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a acusadora teria praticado sexo nas 72 horas antes da realização da perícia. "Mas isso não pontua qualquer tipo de violência contra ela", completou a delegada. 

As testemunhas ouvidas também corroboraram a certeza da inexistência da violência sexual. "As provas apontam que ela saiu normalmente do quarto e do hotel, se arrumando, conversando com algumas pessoas e as calças não estavam rasgadas, como ela depois apresentou à Delegacia", disse Márcia. 

Sem provas contra os jogadores, o objetivo da delegacia é descobrir o motivo pelo qual a mulher alegou o estupro. A delegada tem duas hipóteses para investigar: se ela acusou os jogadores por causa de alguma substância ou bebida que tenha ingerido e pudesse provocar alguma confusão mental ou se ela pensava em levar alguma vantagem com a situação. "Nós pontuamos que o caso mais grave que poderia haver é a extorsão", concluiu.

Um homem que teria encontrado a suposta vítima na rua e disse em depoimento que viu marcas de violência na mulher também será investigado por falso testemunho.

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