quinta-feira, 17 de outubro de 2013

17/10/2013

Advogada tenta entregar celular para marido na PEL 2

Londrina – Uma advogada que entregou um celular para um detento da unidade 2 da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL 2) foi liberada no final da tarde de ontem após ser ouvida e assinar um Termo Circunstanciado. Ela vai responder em liberdade pelo crime de tentativa de ingresso de aparelho telefônico em estabelecimento prisional. A pena varia entre três meses e um ano de detenção. 

"O ingresso de telefone em uma penitenciária é um crime de menor potencial ofensivo e por isso não proporciona prisão em flagrante", explicou o delegado do 4º Distrito Policial (DP), Luiz Fernando Ripp. 

De acordo com Ripp, a mulher confessou a posse do aparelho e que o objetivo era que o celular chegasse até o marido, que está preso por roubo na mesma cela do seu cliente. 

A advogada conseguiu passar pela primeira revista na entrada da penitenciária, mesmo com o uso do detector de metais, e só foi descoberta quando já conversava com seu cliente no parlatório. "Um dos agentes percebeu quando ela passava parte do celular, que estava desmontado, ao detento por uma abertura onde normalmente os presos recebem documentos dos seus advogados. Imediatamente foi dada voz de prisão", explicou o diretor da PEL 2, Emerson das Chagas. A advogada já esteve em outras oportunidades visitando clientes na penitenciária. 

O diretor garantiu que será aberto um procedimento interno para apurar se houve alguma irregularidade no acesso da advogada ao presídio. "Como o celular estava desmontado possivelmente o detector de metais não acusou. De qualquer forma, a investigação vai acontecer e se houve erro será comunicado à Corregedoria", apontou Chagas. Nem a polícia nem a direção da PEL 2 confirmaram onde a mulher teria escondido o celular. 

De janeiro até 30 de setembro já foram apreendidos 537 aparelhos celulares na PEL 2, entre equipamentos que foram arremessados para dentro da unidade e telefones que foram localizados no interior da prisão com os detentos. 

O delegado Luiz Fernando Ripp pretende ouvir hoje os dois presos envolvidos na situação. "Eles podem responder como coautores, um porque solicitou e outro porque auxiliou na entrada do aparelho e com isso perdem benefícios, como a regressão de pena", frisou. 

A OAB-Subseção Londrina informou que solicitou informações do caso à polícia, mas como não havia recebido detalhes oficiais não iria se pronunciar.

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