sábado, 14 de setembro de 2013

14/09/2013

Mototaxistas são vítimas de golpe

Golpistas, provavelmente detentos, se passam por PMs e pedem para os trabalhadores fazerem a recarga de celulares
Londrina - Mototaxistas de Londrina têm sido alvo de golpes por telefone que visam recarregar celulares pré-pagos. Os golpistas, provavelmente detentos, se passam por policiais militares e pedem para entregar determinada encomenda e também para fazer a recarga do aparelho. Quando os profissionais procuram a unidade policial, descobrem que o policial não existe. 

O proprietário de uma central de mototáxi, Marcelo Morini, relatou que uma das vítimas trabalha no local. Ele contou que o golpista solicitou que o mototaxista comprasse fraldas e pomada para assadura de bebês em uma farmácia. "Ele deu um endereço para a entrega e pediu para que o mototaxista aproveitasse que estava em uma farmácia e comprasse créditos para celulares", relatou. Morini desconfia que o golpe seja uma versão parecida com a daqueles falsos sequestros, executado por presidiários. 

A telefonista de uma outra central, que pediu para não ser identificada, revelou que atendeu uma chamada semelhante. "A pessoa se identificou como sendo um soldado da 4ª Companhia Independente da Polícia Militar e pediu para que eu passasse o telefone para o mototaxista que iria atender o chamado. Isso é contra as regras da central, mas achei que era um cliente que não queria que uma mulher ouvisse o nome dos remédios que o mototaxista iria comprar e passei a ligação para ele", relembrou. 

Segundo a funcionária, o mototaxista comprou os produtos e recebeu o pedido para recarregar um telefone pré-pago. "Ele deveria ter desconfiado quando falou o código de área do telefone, que era 65 (região metropolitana de Cuiabá-MT), mas acabou cedendo depois que a pessoa falou que era para poder utilizar o GPS do telefone pré-pago na viatura", relatou. Ele acabou colocando R$ 25 de crédito. 

O trabalhador que caiu no golpe revelou que não desconfiou do pedido, já que é comum as pessoas pedirem para comprar e fazer uma entrega. Ao descobrir que era golpe, voltou à farmácia e conseguiu devolver os produtos. "Se não tivesse conseguido fazer isso o prejuízo seria maior", declarou, informando que isso serviu de alerta para não atender mais esse tipo de solicitação. 

Segundo o porta-voz do 5º BPM, capitão Nelson Villa Junior,os mototaxistas lesados que procuraram a unidade policial foram orientados a registrar boletim de ocorrência na Polícia Civil. Segundo ele, provavelmente, o golpe está sendo aplicado por presidiários. 

Capitão Villa também aconselhou as pessoas a sempre conferirem a ligação. "Se o mototaxista tivesse nos ligado teria sabido que a policial que ele estava procurando não existe." 

Capitão Villa observou que mesmo que a pessoa se identifique como policial militar, é preciso tomar cuidado. "Sugerimos ainda que, nos casos em que o solicitante venha a pedir que sejam adquiridos créditos para seu celular, que o cuidado seja redobrado", afirmou.

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