sexta-feira, 27 de setembro de 2013

27/09/2013 

Corregedoria investigará overdose de preso na PEL

Londrina – A Corregedoria do Sistema Penitenciário do Paraná vai investigar a morte de um detento na unidade 1 da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL). A principal suspeita é que o preso tenha morrido por overdose. A morte aconteceu no sábado a noite, mas apenas ontem a informação foi confirmada. 

De acordo com o corregedor Joran Ribeiro, a causa da morte poderá ser confirmada apenas após a realização dos exames toxicológicos no Instituto Médico Legal (IML), o que deve demorar até 60 dias. Para ele, o consumo de drogas dentro da penitenciária é improvável. "Não quero me adiantar em nada, mas o mais comum nessas situações é a ingestão de alguma capsula para depois ser expelida e distribuída dentro da prisão. A embalagem pode ter se rompido e causado o óbito", frisou. 

Ribeiro informou que será aberto uma sindicância para apurar se houve alguma irresponsabilidade por parte de servidores, que pode ter colaborado com a morte. "Os serviços de inteligência das polícias já estão trabalhando e vamos nos apoiar nestas informações também", ressaltou. 

O detento morto, de 46 anos, cumpria pena por tráfico de drogas em Bandeirantes (Norte Pioneiro) e desde o início do ano estava na PEL 1. Segundo a direção da PEL, ele já havia cumprido mais de 20 anos de detenção por outros crimes. Ele teria ficado preso na unidade até 2012 e este ano retornou para a prisão. 

"Quando os presos solicitaram o socorro, imediatamente acionamos uma ambulância do Samu, mas quando os socorristas chegaram o detento já estava em óbito. Não havia nenhuma marca de agressão pelo corpo, por isso a suspeita é de overdose, mas só o IML poderá comprovar", afirmou o diretor interino da PEL I, Cristiano Ivano. 

Segundo ele, o detento não tinha histórico de mau comportamento e estava em um cela com mais cinco homens. A morte foi comunicada à Secretaria de Justiça e à Vara de Execuções Penais (VEP). A PEL 1 tem capacidade para 518 presos e ontem abrigava 602.

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