quarta-feira, 28 de agosto de 2013

28/08/2013 

Estelionatários usam nome de entidade em golpes

Londrina - A credibilidade de entidades tradicionais de Londrina tem sido usada para a exploração da boa-fé das pessoas. Na semana passada, estelionatários usaram o nome do Ministério Evangélico Pró-Vida (Meprovi), que atende dependentes químicos e crianças em situação de risco social, para aplicar golpes. Os criminosos ligavam para números aleatórios e ofereciam pacotes de sacos de lixo por preços elevados, inclusive pedindo número de cartão de crédito das vítimas. 

A coordenadora do Meprovi, Selma Frossard, explicou que a entidade não promove nenhuma ação neste formato. "Não temos ligação com esses farsantes. O Meprovi não tem telemarketing, então qualquer ligação em nosso nome pedindo contribuições é golpe", advertiu. Segundo ela, outro esquema parecido que usava o nome do Meprovi foi registrado há dois anos. "Estes casos foram os que chegaram até nós, mas com certeza houve outras ações criminosas que não ficamos sabendo", lamentou. 

Apesar de a forma mais comum do golpe ser pelo telefone, alguns, mais ousados, abordavam as pessoas nas ruas. "A mãe de um aluno contou que estava dentro do ônibus e um homem pediu doações para o Meprovi. Além de causar prejuízos para as vítimas, também afeta a nossa imagem", condenou Selma. Mesmo sabendo do golpe, ela não registrou boletim de ocorrência. "É muito difícil de se chegar aos culpados, não tenho dados, provas registradas", justificou. 

De acordo com o porta-voz do 5º Batalhão da Polícia Militar (BPM), capitão Nelson Villa Júnior, o registro do boletim de ocorrência é imprescindível. "Sem a comunicação do crime, a polícia não tem dados estatísticos para agir, é como se não tivesse existido", alertou. Ele admitiu dificuldade para se chegar até aos estelionatários. "A prevenção é complicada, pois os golpistas vão mudando o modo de agir, aperfeiçoando constantemente as práticas criminosas." 

Tenente Villa lembrou que nem mesmo as polícias Militar e Civil foram poupadas. Há cerca de dois anos, criminosos passaram pelo comércio pedindo patrocínio para uma revista em nome da PM. "A pessoa que tem interesse em ajudar sempre deve checar com a entidade mencionada se a campanha é verdadeira. Desligue o telefone e peça para retornar depois da verificação", orientou. 

Quem quiser ajudar o Meprovi pode entrar em contato pelo telefone (43) 3339-4334. A entidade aceita doações de alimentos, roupas, materiais de limpeza e higiene pessoal. O Meprovi, vinculado à Igreja Presbiteriana Central, mantém duas unidades em Londrina: a clínica de reabilitação que atende 16 jovens e adultos na Gleba Palhano (zona sul) desde 1984, e a Pequeninos, que oferece contraturno escolar para 60 crianças de seis a 12 anos na Vila Santa Terezinha (zona leste), desde 1996.

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