sexta-feira, 23 de agosto de 2013

POLICIA FEDERAL TEM METADE DO EFETIVO NECESSÁRIO PARA A FRONTEIRA

Data: 23/08/2013 -
Policia Federal tem metade do efetivo necessário para a fronteira
Cascavel, Guaíra e Foz do Iguaçu são as unidades que mais apreendem no Brasil. O serviço de repressão da criminalidade da PF (Polícia Federal) do Oeste paranaense é um dos mais significativos do País. Os agentes das delegacias de Cascavel, Foz do Iguaçu e Guaíra estão no topo da lista de apreensões de drogas e contrabando. Em contrapartida a atuação, as unidades enfrentam a falta de efetivo para interromper a entrada de ilícitos do Paraguai.

Para dar conta da demanda seria preciso o dobro de agentes, principalmente na faixa de fronteira. “Quanto mais policiais, melhor. Já desempenhamos um bom trabalho. Mas o ideal, aqui na região, seria dobrar o efetivo. O contingente nunca será o ideal, cada vez precisaremos de mais policiais. Porém, hoje, estamos em uma situação bem melhor, que em anos anteriores”, declara Rosalvo Ferreira Franco, superintendente Regional da Polícia Federal do Paraná.

Só em Guaíra são 180 quilômetros de extensão do Rio Paraná vigiados pelos federais, na fronteira com o Paraguai e na divisa com o Mato Grosso do Sul. A população média da região formada por 31 cidades é de meio milhão de habitantes. Ontem, o Município ganhou uma das mais modernas estruturas da PF do Brasil. O prédio, em frente a Praça Castelo Branco, possui mais de três mil metros quadrados construídos.

O delegado chefe da PF, Reginaldo Batista, em Guaíra, aguarda outra importante obra para a segurança pública do Oeste. É a Depom (Delegacia Especial de Polícia Marítima), que mantém a fiscalização nos rios. “Recebemos agora o novo prédio, que é uma base necessária, onde é feito o comando de policiais em toda a região. A partir de novembro, contaremos com uma nova estrutura para o Depom, também fundamental para nosso trabalho”.

Em serviços de maiores proporções, a PF conta com a colaboração de policiais de outros órgãos. “Contamos com operações em conjunto com a Força Nacional, que traz à região policiais de todo o Estado para o apoio”, afirma Franco.

A extensão territorial do Oeste é grande, e os policiais atuam fortemente ainda nos rios. A abrangência ilimitada torna ainda mais complicado o controle do que entra no País. “O governo federal tem dado o apoio. No entanto, necessitamos de mais atuação no serviço de inteligência, para mapearmos a criminalidade. Mas pelo grande território, existe esta dificuldade”, complementa Franco. 
Serviço do Tráfico e Agricultores viraram criminosos - Além das rodovias transformadas como corredor do tráfico e do contrabando, os criminosos utilizam estradas rurais, e chegam a ameaçar agricultores, que acabam cooperando com a bandidagem. “Os contrabandistas utilizam de pessoas mais carentes, que moram em locais isolados. Ameaçam para que as propriedades sirvam como depósito de contrabando”, diz o agente da Polícia Rodoviária Federal, Clóvis Irian Alves Vaz. Ontem, em duas propriedades rurais, chacareiros foram detidos por esconder nas propriedades pacotes com eletrônicos contrabandeados, em Guaíra. Por cada volume, os contrabandistas pagavam R$ 5.00.

A carga interceptada é uma das maiores, neste ano, em todo o Estado, e está avaliada em R$ 1 milhão. Ao todo, foram interceptados 228 volumes, com vídeo games, relógios, celulares e produtos de informática.

Foram detidas sete pessoas. “Um veículo foi acompanhado, durante ronda. O motorista acabou apontando a propriedade rural usada para esconder os pacotes. Encontramos os volumes, em seguida fomos a outro sítio, onde os pacotes estavam espalhados no matagal”, diz Alves Vaz.

Superintendência Paraná - “A dedicação na região de fronteira é bem maior” Os agentes federais que atuam na área de fronteira enfrentam riscos maiores em abordagens a contrabandistas e traficantes. A rotina desgastante resulta em rotatividade de servidores. Em média, os policiais ficam apenas três anos e logo pedem transferência. “A dedicação na região de fronteira é bem maior. Está em negociação um adicional de fronteira, que vai fixar por mais tempo os agentes na região. Esperamos que essa rotatividade caia, com incentivos outros, como casas financiadas”, ressalta o superintendente Regional da Polícia Federal do Paraná, Rosaldo Ferreira Franco.

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