quarta-feira, 28 de agosto de 2013

28/08/2013

Trio preso por extorquir servidor da Sercomtel

Suspeitos se passavam por policiais do Gaeco para cometer crime
Londrina – Policiais do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prenderam ontem três suspeitos de estelionato, em cumprimento de mandados expedidos pela juíza substituta da 4ª Vara Criminal de Londrina, Claudia Bertola. Um quarto suposto envolvido no esquema está foragido. 

O grupo é acusado de extorquir um servidor público da Sercomtel, cuja identidade foi preservada. A vítima já havia repassado dois pagamentos, totalizando R$ 25 mil aos estelionatários, que exigiram novo depósito de R$ 120 mil para que não fossem divulgadas supostas informações confidenciais. 

"Fomos informados da ação criminosa nesta terceira tentativa de extorsão e passamos a monitorar o grupo", explicou o promotor Jorge Barreto. O Gaeco investigou o grupo por 40 dias. 

O sacoleiro Arthur Fernando Barioni, de 35 anos, foi apontado como o líder do grupo criminoso. A investigação demonstrou que ele se autodeclarava policial do Gaeco. Com Barioni, foram detidos o camelô Carlos Eduardo de Oliveira Pacheco, de 30 anos, e o agente de turismo Darci dos Santos, de 47. "Além de passarem por policiais, eles usavam esse artifício para amedrontar a vítima. O motivo desta extorsão está sendo apurado e será revelado no bojo do inquérito", afirmou Barreto. 

O inquérito é conduzido pelo delegado Ernandes Cézar Alves, titular do 4º Distrito Policial. Os policiais cumpriram sete mandados de busca e apreensão nas casas e estabelecimentos em que os acusados trabalham. "Estamos analisando esses materiais, cruzando informações para poder direcionar novas oitivas. Talvez peça algum interrogatório complementar", adiantou. 

Segundo a polícia, Barioni e Pacheco confessaram o crime e Santos optou por permanecer em silêncio. "Devo ingressar com pedido de revogação da prisão temporária, porque essa medida é inconstitucional na forma material e formal. Não estamos na época de inquisição, para prender um cidadão e depois investigar o caso", argumentou o advogado Claudio Rodrigues, que defende Barioni. O pedido deve ser protocolado na 4ª Vara Criminal. 

Barioni tem antecedentes criminais por estelionato, assim como os outros dois suspeitos. Os detidos foram levados para distritos policiais de Londrina. 

Procurada, a Sercomtel informou que não se manifestaria por tratar-se de uma questão particular de um funcionário.

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