quarta-feira, 28 de agosto de 2013

28/08/2013

Jataizinho pode receber médicos cubanos

Município está na lista dos pré-selecionados pelo governo federal para contar com trabalho dos estrangeiros
Fotos: Ricardo Chicarelli
A falta de profissionais cria uma lacuna na escala de plantão nas unidades de saúde
Kelly Caroline Santos Figueiredo: a favor da "importação de médicos"
Jataizinho – Jataizinho (Região Metropolitana de Londrina) espera receber até quatro médicos cubanos pelo programa federal Mais Médicos. A notícia é aguardada com ansiedade pelos representantes do poder público local e ganhou força com a divulgação da lista das cidades pré-selecionadas pelo governo para contar com o trabalho dos estrangeiros. 

Os primeiros estrangeiros que vão participar do programa desembarcaram em território nacional no dia 23. São 244 médicos de diferentes países, que passam a realizar um módulo de acolhimento, uma espécie de adaptação, em oito capitais brasileiras. 

No primeiro mês de seleção, cerca de 1,3 mil profissionais confirmaram participação no Mais Médicos. Eles ficarão distribuídos em 516 municípios, além 15 aldeias indígenas.

Na Região Metropolitana de Londrina (RML), os médicos demonstraram interesse em assumir vagas nos municípios de Londrina, Tamarana e Cambé. Os pedidos não atendidos serão preenchidos por médicos cubanos. 

"Temos deficit de dois médicos na rede municipal. Pedimos quatro profissionais no programa federal e agora aguardamos a resposta", disse o secretário de Saúde de Jataizinho, Ricardo Alexandre Corsino. 

Jataizinho conta com três unidades básicas de saúde (UBS), onde se revezam cinco médicos. Destes, apenas três são contratados por meio de concurso público. "Não adianta abrir concurso público, não desperta interesse. É difícil atrair médicos pelo salário oferecido, que chega a R$ 4,5 mil. O último foi contratado depois de cinco meses de procura e a alternativa encontrada foi por RPA (recibo de pagamento de autônomo)", explicou o prefeito Élio Duque (PDT). 

A falta de profissionais cria uma lacuna na escala de plantão nos postos de saúde. Na sexta-feira à tarde, quando a reportagem esteve na cidade, não havia nenhum profissional na principal UBS de Jataizinho. "Só tem de manhã, não adianta vir outro horário", disse a dona de casa Michele Cardoso. 

"Mantemos um convênio com um hospital particular (Hospital São Camilo) para oferecer atendimento médico 24 horas para a população. Pagamos mensalmente R$ 76 mil pelo plantão, realização de exames e pequenas cirurgias", explicou o secretário Ricardo Alexandre Corsino. 

A chegada dos cubanos gera ansiedade também nos pacientes. "Seria bom, não precisaríamos ir até o hospital", disse a dona de casa Kelly Caroline Santos Figueiredo. "Acho que não tem problema (ser um estrangeiro), importante é ser atendida", comentou outra dona de casa Camila Pereira. A expectativa é que os médicos cheguem em setembro.

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