sexta-feira, 16 de novembro de 2012

                                                             POLITICA
16/11/2012

Funcionários pedem a Kireeff permanência de secretária da Educação

Um grupo de aproximadamente 40 diretores e professores de escolas municipais de Londrina pediu ao prefeito eleito, Alexandre Kireeff (PSD), a permanência da atual secretária de Educação, Maria Inez Galvão de Mello. A reunião, solicitada pelos próprios servidores, ocorreu no final da tarde de quarta-feira, num hotel da cidade.

De acordo com a professora Eny Solange Nunes, o encontro ''foi muito bom e posso dizer que saímos muito satisfeitos''. Além de falar em defesa de Maria Inez, o grupo se apresentou ao futuro prefeito com a disposição de firmar ''parceria em favor da educação''. Eny negou articulações políticas que teriam interesse em garantir no cargo a atual secretária. ''Quero deixar bem claro que fizemos sim a solicitação para a manutenção dela, pela visão pedagógica, não tem nada de cunho político.''

Segundo a professora, ''a secretária é servidora de carreira, está ajudando a construir uma estrutura sólida na pasta, que, aliás, precisa ser resgatada''. A Educação está sendo comandada por Maria Inez desde o mês de agosto, quando foi nomeada pelo ex-prefeito Joaquim Ribeiro (sem partido). Foco de investigações - como a compra de livros considerados racistas, aquisição de uniformes com suposto superfaturamento de R$ 3 milhões e suposto direcionamento no pedido de aquisição de kits escolares - a pasta da Educação teve, durante a gestão do ex-prefeito Barbosa Neto (PDT), a titularidade da professora Karin Sabec, candidata derrotada nas últimas eleições na disputa da Câmara de Vereadores.

''Ninguém muda tanto em tão pouco tempo, mas a segurança para o trabalho, a serenidade, hoje existem'', disse Eny. Questionada se a presença de Maria Inez na campanha de Marcelo Belinati (PP), principal opositor de Kireeff nas urnas, teria motivado a conversa com o prefeito eleito, a professora negou que o grupo estivesse temendo retaliações. ''Acredito que a visão dele (Kireeff) seja o bem da educação. A campanha já passou.''

Maria Inez, que não participou da reunião com Kireeff, foi procurada pela FOLHA na noite de quarta-feira, mas estava num compromisso familiar e não pôde conceder entrevista.

Por meio da assessoria de imprensa, Kireeff não confirmou se vai atender a solicitação dos servidores e reforçou que os nomes da sua equipe serão anunciados apenas na primeira quinzena de dezembro.


16/11/2012

Líder do MST insinua que Dirceu pode ser morto na prisão

O líder sem-terra José Rainha Júnior disse nesta sexta-feira que o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, pode ser assassinado na prisão, caso venha a cumprir na cadeia parte da pena a que foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). "Dentro do presídio quem manda é o crime e ele, por tudo o que representa, vai ser um alvo fácil." Condenado a 10 anos e dez meses de prisão, além de multa de R$ 676 mil, por ter sido considerado o "chefe" do esquema conhecido como mensalão, o ex-ministro terá de cumprir pelo menos um ano e onze meses em regime fechado. Para o ministro do STF Joaquim Barbosa, relator do processo, o réu deve ir para uma prisão comum.

O líder sem-terra, que foi banido do Movimento dos Sem-Terra (MST) em 2007 e formou seu próprio grupo, o MST da Base, acredita que isso equivale a condenar o ex-ministro à pena de morte. "O Zé (Dirceu) é um lutador que sobreviveu à ditadura militar, mas no nosso sistema carcerário, ele vai virar um troféu. Conheço como funciona o sistema e vai ser muito difícil ele sair com vida." José Rainha permaneceu nove meses na prisão, após ser preso, em junho do ano passado, durante a Operação Desfalque da Polícia Federal, que investigava o desvio de recursos da reforma agrária. Ele, que já havia sido preso anteriormente por crimes relacionados à invasão de fazendas, passou por celas de cadeias públicas e de penitenciárias estaduais.

Na última prisão, quando se achava recolhido na Penitenciária de Presidente Venceslau, sua família recebeu uma carta revelando um plano para assassiná-lo. Ele foi transferido para São Paulo e incluído na lista de lideranças rurais ameaçadas de morte elaborada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), ligada à Igreja Católica. "Lá dentro não há qualquer garantia de segurança, você se vê sendo morto a qualquer momento", disse. Amigo de José Dirceu há 30 anos, Rainha disse que está preparando uma mobilização entre os sem-terra contra a sua prisão. "Foi um julgamento injusto e o povo tem que ir para a rua", defendeu.

 

16/11/2012

Governador garante R$ 16 mi para o Ouro Verde

O governador Beto Richa garantiu na última quarta-feira (14) recursos da ordem de R$ 16 milhões dentro do orçamento estadual do Paraná para 2013 para a reconstrução do Teatro Ouro Verde, atingido por incêndio em fevereiro deste ano. O anúncio foi feito em Londrina, durante cerimônia que marcou o início do estágio operacional dos 114 novos Policiais Militares e lançamento da Operação República, nas estradas do Paraná.

O governador recebeu o projeto arquitetônico e os complementares das mãos da reitora da UEL, Nádina Moreno, e do presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Londrina (Sinduscon Norte/PR), Gerson Guariente Júnior. O projeto contempla 750 lugares, palco adequado a apresentações teatrais de grande porte e toda a tecnologia de luz e som, além de infraestrutura de segurança. Beto Richa afirmou que ainda nesta quarta-feira entraria em contato com Casa Civil, em Curitiba, com o objetivo de alocar os recursos necessários para o próximo ano.

"É um ícone cultural não só de Londrina, mas de toda a região, por isso vamos trabalhar para reconstruir o teatro", afirmou o governador, durante entrevista. Ele lembrou que assumiu esse compromisso ainda no início de 2012, logo após o incêndio que destruiu parte do prédio. O acidente provocou grande comoção na cidade. Richa lembrou também que chegou a visitar o prédio, durante os trabalhos de remoção dos entulhos, no segundo semestre deste ano.

A reitora da UEL afirmou que, diante do aval governamental visando incluir os recursos na peça orçamentária de 2013, o cronograma prevê licitação já no início do próximo ano. Ela acredita que as obras devem começar ainda no primeiro semestre, com previsão de entrega do teatro em 2014.

Ela explicou também que o projeto do Sinduscon respeita a arquitetura assinada por Villanova Artigas, que está incluído no Patrimônio Histórico Cultural do Paraná. A obra, por outro lado, garante toda a tecnologia disponível em espaços culturais do primeiro mundo, com tratamento acústico, projeto de luz, acessibilidade e segurança. A reitora disse ainda que o orçamento de R$ 16 milhões contempla a obra completa, com poltronas e ar condicionado.
 6/11/2012 

'Mensalão mineiro' está parado há 7 anos no STF

Ação civil trata de um suposto esquema de desvio de recursos públicos para a campanha de Eduardo Azeredo
Lucio Bernardo Jr./Agência Câmara
Defesa de Azeredo alega que ex-governador não teve nenhuma participação nos fatos narrados na ação civil
Belo Horizonte - Uma ação civil com pedido de ressarcimento de dinheiro aos cofres públicos por fatos relacionados ao mensalão mineiro está há sete anos parada no Supremo Tribunal Federal. Nela, o Ministério Público pediu o bloqueio de bens até o limite de R$ 12 milhões do ex-governador, ex-presidente do PSDB e atual deputado federal Eduardo Azeredo e de outros dez requeridos - entre eles Marcos Valério Fernandes de Souza e o atual senador Clésio Andrade (PMDB-MG).

Além da ação civil, o suposto esquema de desvios de recursos públicos e de empréstimos fraudulentos para bancar a campanha à reeleição de Azeredo ao governo mineiro e de aliados em 1998 é alvo de três ações criminais, duas no STF e uma na Justiça mineira.

O relator da ação civil no caso é Carlos Ayres Britto, que se aposenta no domingo. O ministro que for indicado para substituí-lo deverá assumir a relatoria da ação, cujo prosseguimento aguarda, desde 2005, o julgamento pelo plenário de dois recursos de defensores. O processo (PET 3.067) poderá também ser redistribuído para outro membro da corte.

A expectativa é que a ação civil do mensalão mineiro só volte a entrar na pauta do Supremo após a conclusão do julgamento do mensalão federal, que envolve pagamento de parlamentares no governo Luiz Inácio Lula da Silva, entre os anos de 2003 e 2005.

Os procuradores e promotores apontam na ação civil que o governo de Minas autorizou de forma ilegal o pagamento de R$ 3 milhões das estatais Companhia Mineradora de Minas (Comig, atual Codemig) e Companhia de Saneamento do Estado (Copasa) para a SMPB, de Marcos Valério, com o objetivo de patrocinar o evento esportivo Enduro da Independência de 1998. Trata-se da maior parte do dinheiro do desvio apontado na ação criminal do mensalão mineiro. ''O esquema delituoso verificado no ano de 1998 foi a origem e o laboratório'' do mensalão federal, nas palavras do ex-procurador-geral da República Antonio Fernandes de Souza.

A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público também prepara nova ação contra réus do mensalão mineiro, pedindo bloqueio de bens e a devolução de recursos públicos que saíram do antigo Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge) e foram parar na campanha à reeleição de Azeredo.

Além dos R$ 3 milhões já apontados, segundo laudos do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, R$ 500 mil de empresas do grupo Bemge foram destinados supostamente para patrocínio do Iron Biker, outro evento esportivo organizado pela SMPB. De acordo com o Ministério Público, a ação deverá cobrar o ressarcimento, em valores corrigidos, de cerca de R$ 1,2 milhão, referente apenas aos recursos do Bemge, já que os pedidos envolvendo a Copasa e a Comig estão contemplados na ação no STF.

O advogado de Azeredo, Castelar Guimarães Filho, nega irregularidades nos contratos públicos e defende que a ação civil continue no Supremo - os recursos de defensores no STF pedem exatamente isso. ''Há um entendimento de que a decisão foi proferida no momento em que o hoje deputado federal Eduardo Azeredo era senador da República.''

Segundo o advogado, Azeredo não teve nenhuma participação nos fatos narrados na ação. ''O que se alega é muito distante de quem governa o Estado.'' Procurado, o tucano preferiu não se pronunciar sobre o assunto.
                                                                 POLICIA
16/11/2012

Com audácia, preso consegue escapar da PEL 2

Detento improvisou uma corda de quatro metros e até ontem à noite não havia sido recapturado; falhas no sistema teriam contribuído
Gustavo Carneiro
Próximo ao muro do presídio, a polícia encontrou um pacote com celulares, carregadores, cola para solda e serras
Gustavo Carneiro
Segundo o chefe da operação, os policiais visualizaram o fugitivo, mas o terreno acidentado e o matagal denso impediram a captura
Preso de bom comportamento, com uma extensa lista de assaltos no ''currículo'' e que cumpre condenações que somam 97 anos de detenção, Wagner Ferreira de Araújo, o Testa, de 29 anos, conseguiu driblar o sistema de segurança da Penitenciária Estadual de Londrina 2 (PEL 2) com muita audácia na manhã de ontem. Possivelmente utilizando calças destinadas às aulas de capoeira amarradas, ele improvisou uma corda com cerca de quatro metros de comprimento para fugir, por volta das 11 horas, durante o banho de sol dos presos.

Após ganhar a área externa do presídio e correr em direção ao vale que fica próximo ao Jardim Franciscato (zona sul), Testa foi perseguido por policiais militares de diferentes divisões, entre elas a Rotam, a Rone e o Pelotão de Choque.

Na operação para a recaptura, um policial quebrou o pé e teve que ser atendido pelo Siate. A mobilização, sem sucesso, terminou no final da tarde. As buscas continuaram com policiais à paisana e com viaturas descaracterizadas em uma região da zona sul da cidade. Um denunciante anônimo informou que Testa estaria escondido em uma casa. Até às 19 horas, a polícia ainda não havia encontrado o fugitivo.

Uma falha no sistema de comunicação entre o agente que trabalha na sala de monitoramento por câmeras e os policiais que fazem a guarda nas guaritas teria contribuído para a fuga, segundo versão dos agentes penitenciários que conversaram com a reportagem da FOLHA.

Os agentes afirmaram que os radiocomunicadores falharam e que o responsável por monitorar as imagens teve que sair do seu posto e avisar a ocorrência aos gritos. Segundo eles, a deficiência na comunicação já teria sido informada ao Departamento Penitenciário.

Outra falha estrutural que teria ajudado Testa, conforme os agentes, é a visão limitada que as guaritas (supostamente mais baixas que o recomendado) proporcionam aos policiais responsáveis pela vigilância.

O tenente Glauco Andrade de Oliveira, que chefiou a operação de recaptura, negou a versão e disse que os policiais chegaram alguns minutos depois da ligação de um agente. ''Chegamos a visualizar o fugitivo, mas as características do local impediram a captura'', afirmou, referindo-se ao terreno acidentado e ao matagal denso que cerca a unidade.

Até mesmo os policiais ficaram impressionados com a determinação de Testa em fugir. Para chegar ao lado externo, ele provavelmente contou com a ajuda de outros detentos, que teriam formado uma pirâmide humana. A tradicional teresa (corda improvisada) desta vez teria sido usada como uma tirolesa entre o alambrado e o muro, separados por cerca de quatro metros. Por fim, Testa teve que saltar cerca de cinco metros.

Próximo ao muro do presídio, a polícia encontrou um pacote com celulares, carregadores, cola para solda e serras. Na madrugada, dois adolescentes foram presos em flagrante nas imediações da unidade arremessando três celulares envoltos em pacotes de fumo. Há duas semanas, um pente-fino resultou na apreensão de 20 celulares dentro das celas. Ontem, os 42 presos da galeria onde Testa vivia foram revistados. Nada foi encontrado.

O helicóptero do Grupamento Aéreo da PM, que estava prestando socorro a uma vítima de acidente de carro em Centenário do Sul que foi encaminhada ao Hospital Universitário de Londrina, custou a chegar mas deu suporte à fase final da operação de recaptura, que envolveu 40 homens e 10 viaturas. Eles vasculharam os bairros mais próximos em busca de pistas, depois que fracassaram as tentativas de cerco no fundo de vale do Jardim Franciscato.

A PEL 2 é a maior unidade prisional da região metropolitana de Londrina. Tem capacidade para 960 detentos, mas abrigava ontem 1.009.


Comerciante é baleado em tentativa de roubo a loja no Xaxim

16/11/2012
Uma tentativa de assalto a uma loja de roupas no Xaxim, em Curitiba, terminou com o proprietário do comércio baleado no ombro. De acordo com a Polícia Militar, o caso ocorreu na tarde desta sexta-feira (16) e ainda não há informações sobre o paradeiro dos suspeitos.
Segundo a PM, por volta das 14h30, dois assaltantes invadiram uma loja de vestidos de noiva, na altura do número 4.000 da Rua Waldemar Loureiro de Campos, e anunciaram o assalto. Como não havia dinheiro no local, um dos assaltantes atirou contra o proprietário do comércio. O tiro atingiu o ombro da vítima.
Em seguida, a dupla teria fugido em destino desconhecido. O homem foi socorrido ao Hospital do Trabalhador, mas não corre risco de morte.
 

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