segunda-feira, 26 de novembro de 2012

             O FIM DA PICADA

Facção paulista oferece "auxílio bélico" e empréstimos para ex-detentos

Informações constam em arquivos da organização apreendidos pela Polícia Civil durante a crise de segurança em São Paulo

26/11/2012
Os detalhes da criação de um "banco de apoio dos irmão (sic)", com direito a "auxílio bélico" e ajuda financeira para "necessidades emergenciais" a ex-detentos da maior facção criminosa brasileira, nascida nos presídios paulistas, constam de arquivos da organização apreendidos pela Polícia Civil durante a crise de segurança em São Paulo. Em sete páginas, o comando descreve o papel do banco e como integrantes do grupo que estivessem nas ruas até seis meses depois de sair de prisão poderiam obter armas e um crédito de até R$ 5 mil.
Para a polícia, o documento é uma das evidências da complexidade e do grau de organização da facção que já se expandiu para 21 estados, além do Distrito Federal, conforme relatório reservado da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), vinculada ao Ministério da Justiça
Os documentos trazem detalhes da contabilidade de setores do grupo que estão fora dos presídios. Há registro em planilhas de despesas como chips de telefonia móvel, aluguel de ônibus e vans para a vista de parentes de detentos às unidades prisionais, gasolina, venda de cocaína, maconha, crack e até equipamentos como computadores e celulares.
"O crime fortalece o crime, é dando que se recebe", diz o documento que detalha o funcionamento do "banco de apoio", citando como objetivo da iniciativa "fortalecer aqueles irmãos que estão totalmente descabelados saindo da prisão".
Para obter auxílio financeiro ou armas, o integrante deve buscar a "Sintonia da Rua" de sua região. Sintonia é como a facção se refere aos setores de divisão de atribuições da organização. Em São Paulo, há uma para cada uma das cinco regiões (Leste, Oeste, Sul, Norte e Centro), além do ABC, Baixada e interior. Cada regional de fora de do estado conta com um responsável pelas atividades na rua.
Na proposta da organização, para emprestar uma "ferramenta" (arma) é analisado até o objetivo declarado. Quem pega até R$ 5 mil emprestados tem 90 dias para pagar, sem precisar pagar juros. O prazo para devolução da arma é de 30 dias. Empréstimos de valores maiores são negociados caso a caso, por isso não constam da proposta do "banco". Pelo menos R$ 500 mil foram provisionados pela facção para colocar a iniciativa em prática.
A facção alerta não admitir a prorrogação da devolução das armas. A proposta explica que o "auxílio bélico" inclui "todo tipo de material: fuzil, metralhadora, pistolas, granadas e revólver". É necessário devolver os itens em boas condições. "No caso de infelicidade de perca (sic), a compreensão vai até o limite da responsabilidade do irmão beneficiado". Isso significa que a "Sintonia" avaliará se a arma foi usada na situação informada e se a perda ocorreu durante a ação. Nesses casos, o prazo para reposição é de um ano. Mesmo tempo para o caso de ser preso e estar devendo dinheiro à facção. "O único retorno que a família irá exigir será um maior comprometimento dentro das responsabilidades já existentes na organização", explica a proposta.
Segundo o relatório da Senasp, a facção movimenta pelo menos R$ 72 milhões anuais com o comércio de drogas e mensalidades pagas por 13 mil integrantes, dos quais 6 mil estão presos em São Paulo, 2 mil nas ruas e 5 mil em outros estados.

Carlinhos Cachoeira é internado em hospital de Goiás

Contraventor teria sido internado com sintomas de insônia e estresse
26/11/2012 | 11:54
O contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi internado no domingo (25), às 22h45, no Hospital Neurológico de Goiânia. Ainda não se sabe o motivo da internação, mas o hospital informou que um boletim médico será divulgado nas próximas horas.
Segundo o hospital, ele está acompanhado da mulher, Andressa Mendonça, e se encontra em um dos apartamentos da unidade. À rádio CBN, Andressa não quis dizer o motivo da internação do marido. Ele teria sido internado com sintomas de insônia e estresse.
Cachoeira passou nove meses preso e foi solto na semana passada, depois que a juíza Ana Claudia Costa Barreto, da 5º vara criminal de Brasília, condenou o contraventor a cinco anos de prisão em regime semiaberto. Por conta dessa decisão, foi determinada a soltura de Cachoeira.
Após soltura, o Ministério Público Federal pediu a prisão preventiva de Carlinhos Cachoeira.


Morre uma das vítimas baleadas durante briga em casa de 

shows

O jovem Fabio Guilherme Neltzke de Souza, de 21 anos, foi atingido por um tiro na cabeça no último sábado durante apresentação de bandas de funk no Curitiba Master Hall, em Curitiba
26/11/2012 |   12:31
Um dos dois baleados durante um show na capital paranaense Curitiba Master Hall, no sábado (24), morreu na madrugada desta segunda-feira (26). Fabio Guilherme Neltzke de Souza, de 21 anos, estava internado no Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, na região metropolitana. Ele foi atingido por um tiro na cabeça depois de uma briga ocorrida durante uma apresentação de bandas de funk. A Polícia Civil ainda tenta esclarecer a motivação da briga.
O segundo baleado no caso, Roberson Wolanski de Castro, de 23 anos, não está mais no Hospital Angelina Caron - para onde a dupla atingida tinha sido levada -, de acordo com a assessoria de imprensa do hospital.
O hospital não informou quando o rapaz teva alta. Castro foi atingido por um tiro de raspão na coxa com menor gravidade.
Segundo a Delegacia de Homicídios (DH), que investiga o caso, os dois teriam se envolvido em uma confusão dentro da casa de shows no sábado. Há um sistema de cadastramento para a entrada de pessoas armadas e câmeras de vigilância no local.
A polícia disse que vai obter as imagens e que ouve as testemunhas para ajudar no esclarecimento do caso.
A reportagem tenta entrar em contato com a casa de show Curitiba Master Hall para obter o posicionamento do estabelecimento sobre o caso, mas, até o fim da manhã, ninguém atendeu às ligações.

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