quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Macarrão aponta Bruno como responsável pelo desaparecimento de Eliza

Declaração foi dada em depoimento no Tribunal do Júri de Contagem (região metropolitana de Belo Horizonte), na madrugada desta quinta-feira (22)
22/11/2012
Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusou o ex-goleiro Bruno Souza de ser o mandante do desaparecimento de Eliza Samudio. A declaração foi dada em depoimento no Tribunal do Júri de Contagem (região metropolitana de Belo Horizonte), na madrugada desta quinta-feira (22).
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, Macarrão disse que, em 10 de junho de 2010, levou Eliza a um local perto Toca da Raposa, centro de treinamento do Cruzeiro na Pampulha, em Belo Horizonte.
Outra pessoa esperava pela modelo, segundo ele. Macarrão disse à juiíza que não sabia o que iria ocorrer com Eliza, mas "pressentia" que ela iria morrer. Ele afirmou que não tinha conhecimento do que ocorreu posteriormente com a vítima.
Réu disse não concordar com a atitude de Bruno
Em depoimento, Macarrão ainda disse que não concordava com a atitude de Bruno, mas cumpriu as ordens dele por ser seu funcionário.
Ele declarou também que conheceu o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, somente na cadeia. Bola é acusado de ter assassinado Eliza Samudio.



Gilberto Abelha/JL / O técnico Cláudio Tencati aprovou a tabela do Paranaense: Tubarão jogará em casa aos domingos no primeiro turno O técnico Cláudio Tencati aprovou a tabela do Paranaense: Tubarão jogará em casa aos domingos no primeiro turno
PRÉ-TEMPORADA

Palmeiras pode treinar em Londrina

Gestor do LEC confirma conversa com diretoria alviverde para hospedar a equipe no CT da SM Sports na primeira quinzena de janeiro

22/11/2012 |
O Palmeiras está conversando com o gestor do Londrina, Sérgio Malucelli, para eventualmente fazer sua pré-temporada no Centro de Treinamento da SM Sports na primeira quinzena de janeiro. O clube de Parque Antártica deverá renovar totalmente a equipe, inclusive ampliando o elenco, pois terá uma Libertadores e Copa do Brasil pela frente, além do Campeonato Paulista no primeiro semestre. Isso além da disputa da Série B no Brasileiro do ano que vem.
Malucelli disse ontem que há “grandes possibilidades” do Palmeiras fazer sua pré-temporada em Londrina, como fez o Flamengo em 2011 e neste ano. Caso aconteça, o Tubarão fará um amistoso com o Verdão no Estádio do Café. O Palmeiras ainda deve fazer outro amistoso com um time grande do futebol brasileiro no mesmo local antes de seguir para a Libertadores.
As conversas do Palestra com Malucelli começaram durante as negociações que culminaram com a venda dos direitos federativos do lateral-direito Ayrton ao Palmeiras. O jogador será anunciado ao término do Campeonato Brasileiro como primeiro reforço do time esmeraldino para a temporada que se inicia.
Paranaense
O Londrina deverá fechar o ciclo de contratações nos próximos dias, acertando com o volante Germano, ex-Santos e Atlético-MG. Foi o que disse ontem o gestor Sérgio Malucelli. O elenco já conta com vários reforços, entre os que retornaram após empréstimos, como os zagueiros Rogério e Élson, o ala Wendell e o volante Silvio. O atacante Arthur é outro que voltou. Caso algum jogador seja negociado, abre espaço para novas contratações.
Entre os reforços que chegaram estão os volantes Germano e Diogo, o ala Acuña, o meia Celsinho, e os atacantes Neílson e Marcelo. O zagueiro Edson Borges também está certo. O atacante Alexandre Oliveira só chega no dia 3 de dezembro. E além dos jogadores da base que subiram, como Mateus, Dipão, Bidia, Maicon, Robinho, Joel e Wéverton, estão os remanescentes do time do Paranaense, o goleiro Danilo e os volantes Bruno e Serginho Paulista.
Tabela
O treinador Cláudio Tencati gostou da tabela do Campeonato Paranaense, divulgada anteontem. Com um primeiro turno favorável, pegando os grandes Atlético Paranaense e Coritiba no Café, Tencati disse à Rádio Paiquerê AM ontem que é a oportunidade de largar bem no primeiro turno. “Claro que a tabela vai ficando melhor à medida que chegam as vitórias. E é importante, respeitando o adversário, largar com o pé direito”, avaliou.
O treinador destacou o fato de, diferente do último campeonato, o LEC mandar seus jogos somente aos domingos no primeiro turno. “É um atrativo para o torcedor, para o programa sócio-torcedor. Tudo se encaminha para funcionar bem e vamos em busca de grandes resultados”, prometeu.

Plano prioriza árvores e promete ‘revolução 

verde' em Londrina

Plano Diretor de Arborização, em pauta na Câmara, impõe uma série de restrições e regras para acabar com falta de gestão em torno do assunto

22/11/2012
Uma revolução verde, contra as mudanças climáticas. Se o Plano Diretor de Arborização for aprovado à forma como criado em 2008, após longas discussões dentro do Conselho Municipal do Meio Ambiente (Consemma) entre a sociedade civil e autoridades da área, Londrina terá uma lei inédita cujo principal desafio será tirá-la do papel. O plano está na Câmara e vai à audiência pública no próximo sábado.
O novo Plano define que as árvores de Londrina tornam-se, na prática, imunes a corte – a não ser em casos de risco evidente, acessibilidade na calçada ou ataque de doenças. Prevê descontos de impostos para proprietários interessados em preservar matas em terrenos urbanos e “enquadra” concessionárias como a Copel, responsável por mutilar, como já mostrou o JL, milhares de árvores urbanas em favor da segurança dos fios da rede de baixa tensão. Vale tudo para “atingir e manter densidade arbórea máxima sobre áreas urbanas de Londrina”, cita o documento.
Mata preservada dá até 100% de isenção de IPTU
O novo Plano Diretor de Árvores concede redução de até 100% do IPTU para terrenos cadastrados como integrantes do “Setor Especial de Áreas Verdes Municipais” e mantiverem mais de 71% do local com árvores. A regra vale para bosques privados e trechos de matas particulares dentro da zona urbana, considerados fundamentais para o equilíbrio ambiental local. O artigo 87 do Plano prevê descontos que partem de 10% para quem preserva 10% de área e avança até a isenção total.
Plano obriga vereador a curso para corte
Morador do Jardim Pinheiros (zona oeste), o jornalista André Tottene ficou abismado quando, 10 dias atrás, avistou o vereador Roberto Fu (PDT) em cima de uma árvore na rua, levando-a ao chão com uma motosserra. “Na autorização da Sema, a árvore prejudicava a acessibilidade, mas ela estava totalmente sadia. Não acredito no motivo: muitos moradores queriam derrubar porque diziam que ela fazia muita sujeira”, lamenta. “E ninguém planta nada depois”, desabafa. “No meu vizinho, faz mais de 40 dias do corte e nada foi plantado no lugar. Sem controle”, denuncia o morador, para quem “o vereador deveria ver isso também”. Com o novo Plano, Fu, na verdade, pode ser impedido de cortar árvores se não se adequar. O documento obriga podadores a treinamentos e autorização pela Secretaria do Ambiente. “Se precisar fazer o curso, vou fazer. Meu serviço é voluntário”, justifica o vereador. Fu alega só cortar árvores com laudo da Prefeitura. “O que eu faço se a Sema está atrasada no serviço e as pessoas precisam?” O vereador diz que também mapeou locais sem árvores para denunciar. “Só no Jardim Pinheiros, contei 11 terrenos sem árvore. Vou mandar a lista toda para a Prefeitura. Sou campeão de pedidos de plantio também”.
Na prática, se aprovado e seguido à risca, o novo Plano inverte o tratamento dispensado atualmente às árvores por moradores e governo. De acordo com a proposta, a análise da retirada de hidrantes, bueiros e até postes da iluminação pública passa a ser prioritária quando houver conflito entre as árvores e os equipamentos urbanos.
Literalmente, é a vez delas.
A partir da lei, donos de imóveis não poderão mais obter autorização da Prefeitura para eliminar árvores apenas em razão da reforma na calçada ou mesmo na edificação. Também fica proibido requisitar um corte porque a árvore impede a visibilidade da placa do comércio – práticas mais que comum. A multa, nestes casos, pode ser até 10 vezes maior que a multa simples por corte sem autorização (prevista em R$ 500 por árvore).
Quem reformar o imóvel ou construir em terreno, será obrigado a indicar as árvores existentes na calçada para a Prefeitura e deve adaptar o projeto para não destruí-las inutilmente. O ‘habite-se’ do imóvel só será concedido pela Secretaria de Obras depois do plantio – elas passam, oficialmente, a serem consideradas como parte integrante do imóvel.
A medida pode impedir situações como a do Residencial Vista Bela, (zona norte), onde mais de 1,2 mil casas, em 17 ruas, foram entregues aos moradores sem árvores. Lá, o sol quente virou regra e a conta das construtoras foi absorvida pela Prefeitura de Londrina. No novo Plano de Arborização, os loteadores são responsáveis diretos pelas árvores. Por dois anos seguidos, o loteador deve mantê-las e repô-las.
O documento a ser exposto na audiência pública impõe uma série de restrições e regras para acabar com o improviso e a falta de gestão na arborização de Londrina. Atualmente, o poder público não tem sequer um diagnóstico preciso sobre a as árvores das ruas de Londrina: a Prefeitura não sabe nem quantas ou quais existem - muito menos o estado de saúde delas.
Sem fiscalização
Mais do que falar sobre a demanda reprimida por cortes (3 mil na fila), o atual secretário do Ambiente vê a necessidade de redirecionar a atenção da opinião pública para o plantio de mais árvores, bem como para a conservação delas e o cuidado das espécies urbanas nas ruas e calçadas: “É um drama: se temos que erradicar, por outro lado buscamos um novo modelo para a cidade. Precisamos aumentar as podas controladas, evitar plantios fora do padrão e divulgar a informação correta na hora de a população plantar a árvore do seu imóvel”, afirma o secretário.
Apesar das boas intenções e do ineditismo da maioria das medidas previstas no Plano, a implantação do documento bate de frente com o de sempre: a falta de funcionários para a fiscalização e aumento do controle sobre a arborização. “Tem muita gente atuando de forma ilegal na poda e na erradicação. A cidade sofre com muitos cortes de árvores sem autorização, com o vandalismo e agressões à vegetação urbana”, explica o secretário. O antídoto, de fato, é escasso: hoje a Secretaria do Ambiente tem somente sete fiscais. Não há fiscalização à noite, muito menos nos fins de semana – períodos em que os crimes ambientais são mais frequentes – e, por isso, as punições das leis de ambientais também são agravadas.

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